Jornal da Tarde
Os pedidos só serão liberados quando se resolver a desavença júridica entre o Inpi e a Anvisa
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) guarda em suas prateleiras 102 pedidos de patentes de medicamentos negados que, se publicados, abririam caminho para a produção de novos remédios genéricos no País. A coleção, com potencial de gerar economia aos cofres públicos e ao consumidor, começou a ser formada em 2001 e só terá seu destino decidido quando for resolvida a briga jurídica entre Inpi e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que se arrasta há anos. Desde 2001, a Anvisa ajuda a avaliar processos de patentes de medicamentos e pode assim impedir o fabricante de produzir o genérico da droga, cujo valor não passa 65% do produto de marca. Desde então, 102 pedidos foram engavetados.