Ascoferj
Segundo Aluízio Monttechiari, um dos fundadores, a Ascoferj foi criada para atuar em todo o estado do Rio de Janeiro, suprindo uma demanda que não podia ser atendida pela entidade sindical do setor, cujo âmbito era apenas municipal. Além disso, devido às limitações políticas de um sindicato, fiscalizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, uma associação teria mais liberdade para fazer reivindicações ao governo.
“O Sindicato da época não podia fazer muitas solicitações, até porque ainda estávamos na ditadura militar. Diante dessas limitações e mesmo havendo vontade dos dirigentes sindicais, o projeto de uma associação era a melhor opção para reunir os empresários do setor e lutar por melhorias no varejo farmacêutico”, contou Monttechiari.
No início, a principal limitação se deu no campo financeiro. A entidade começou a funcionar no Flamengo, numa sala alugada, mas a falta de recursos financeiros fez com que as reuniões passassem a acontecer na farmácia do fundador Ruy Marins. “Como eram poucos associados nos primeiros anos, eu e os outros companheiros tivemos de usar capital pessoal para manter a associação em funcionamento”, admitiu.
Somente em 1991, a Ascoferj consegue voltar para uma sala alugada, desta vez na Associação Comercial e Industrial da Penha. “Foi nesse período que a entidade começou a ganhar corpo, a ser mais ativa e a funcionar com mais eficácia. As reuniões passaram a ser programadas, e o estatuto foi reformulado”, destacou Monttechiari.
Em 1992, a entidade, seguindo proposta de informar empresários do setor sobre temas importantes da época, realizou a 1ª Conferência Regional da Ascoferj, da qual participou a já extinta Sunab. No ano seguinte, a 2ª Conferência reuniu mais de 300 empresários.
Atualmente referência no setor, o Curso de Aplicação de Injetáveis promovido pela Ascoferj começou em 1994. Ricardo Valdetaro, outro fundador, lembra-se bem da época em que os serviços de saúde, inclusive o de aplicação de injeção, foram proibidos. “Quando nasci, a farmácia de meu pai tinha duas cabines: uma para injetáveis e outra para pequenos curativos. Há cerca de 15 anos, os órgãos sanitários, após intensa pressão dos médicos que se sentiam ameaçados, proibiram tais serviços. A Ascoferj não se conformou. Buscou meios de reverter o quadro e conseguiu autorização da Vigilância Sanitária, pelo menos, para o retorno da aplicação de injeção nas farmácias”, contou Valdetaro.
Em 1997, pensando em expandir seus serviços para o interior do estado, a Ascoferj aumentou o investimento em cursos fora da capital, o que levou, em 1999, à inauguração do primeiro Núcleo, em Nova Friburgo, na Regi&ati