Folha de S. Paulo
O Aché Laboratórios, segunda maior farmacêutica brasileira em participação de mercado, retomou seus planos de abertura de capital. Em 2007, em meio ao boom de IPOs (Ofertas Públicas Iniciais, na sigla em inglês), a empresa já anunciava que tinha planos de fazer o seu lançamento inicial de ações.
Naquele ano, os controladores do laboratório chegaram a começar a separar os ativos não farmacêuticos com o objetivo de preparar a companhia para a abertura. Os ativos agrícolas foram retirados da estrutura societária da farmacêutica, controlada pelas famílias Siaulys, Baptista e Depieri. Esse processo já foi concluído.
Mas o projeto de IPO foi suspenso em 2008 com a chegada da crise financeira internacional e agora está sendo resgatado. O registro para a abertura de capital ainda não foi pedido na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) pela Aché. A empresa informa que a oferta de ações ainda não tem uma data prevista.
A companhia deverá encerrar 2009 com um total de vendas brutas próximo a R$ 2 bilhões. Os números do ano passado ainda não foram fechados pela empresa. O faturamento bruto da Aché Laboratórios em 2008 ficou em aproximadamente R$ 1,9 bilhão.
As operações de abertura de capital na Bolsa se aqueceram em 2007, quando a Bovespa registrou 64 novos papéis. Em 2008 e 2009, os processos estacionaram com apenas quatro e seis IPOs em cada ano, respectivamente.