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Aché se torna o maior laboratório do país em 2012

As relações entre sócios costumam ser previsíveis. Quando tudo vai bem e sobra dinheiro, eles se adoram. Mas, quando os negócios vão mal, as desavenças aparecem. As três famílias sócias do laboratório paulista Aché — Baptista, Siaulys e Depieri — estão lutando contra essa lógica. Os negócios nunca estiveram tão bem. Dados inéditos obtidos por EXAME revelam que o Aché se tornou em 2012 o maior laboratório do país em receita líquida. Os dividendos recebidos pelos acionistas chegaram a 375 milhões de reais no ano anterior. Era, portanto, para estar tudo bem. Mas não está. Para tornar o paradoxo ainda mais curioso, o estopim da atual crise entre os sócios é uma proposta de 11 bilhões de reais pelo laboratório. Em fevereiro, grupos estrangeiros ofereceram essa quantia pelo Aché, que havia procurado interessados numa eventual aquisição. Seria a maior transação da história do setor farmacêutico no Brasil: cada um dos 11 descendentes. Com o negócio, cada um dos três fundadores embolsaria cerca de 1 bilhão de reais. Em vez de causar alegria, esses bilhões todos estão causando a cizânia. Um lado acha que o dinheiro é pouco. Outro grupo acha que pode cobrir a oferta e comprar a participação dos sócios. Pode ser a senha para repetir uma guerra societária em banho-maria desde 2003. Segundo executivos próximos à empresa, o processo de venda não tem volta — e, dado que os Baptista e os Siaulys já deixaram claro que querem vender, tudo passa a ser uma discussão sobre o preço que os Depieri pagarão para comprar a participação dos sócios. Quanto mais tempo demorar para sair um acordo, dizem esses executivos, pior será para todos os acionistas, já que uma paralisia decisória no Aché depreciaria a empresa — e diminuiria, assim, o patrimônio de todos os sócios. Fonte: Instituto de Desenvolvimento do Varejo Farmacêutico – SP

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