ProTeste
Pesquisa da PROTESTE constatou que as farmácias já não praticam os preços máximos atualmente autorizados por serem elevados
Pesquisa sobre preços de medicamentos realizada pela PROTESTE Associação de Consumidores constatou que seria desnecessário o governo autorizar até 4,5% de reajuste previsto para vigorar em Abril. As farmácias já não praticam o preço máximo autorizado pelo governo por ser elevado. Foi constatada, em São Paulo, diferença de 50% entre o preço mínimo encontrado nas farmácias pesquisadas, e o máximo permitido no Estado. Nas outras cinco capitais pesquisadas (Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro) a diferença variou entre 22% e 23%.
Mesmo com os reajustes, as farmácias têm liberdade para cobrar o valor de um medicamento entre o Preço do Fabricante e o Preço Máximo ao Consumidor. Nas 49 farmácias visitadas as maiores variações entre o autorizado e o efetivamente praticado foram encontradas nos seguintes medicamentos:
Em Santa Catarina: 48% com Diovan HCT 160/12,5mg (caixa com 28 comprimidos); 42% com a Novalgina (caixa com 20 comprimidos) e 40% com Pantozol 20 mg (caixa com 7 comprimidos).
No Distrito Federal: 36% com Pantozol 20 mg (caixa com 7 comprimidos); 28% com Diovan HCT 160/12,5mg (caixa com 28 comprimidos) 26% com Glifage 1g.
No Rio Grande do Sul: 40% com Pantozol 20 mg (caixa com 7 comprimidos), e 30% com Diovan HCT 160/12,5mg (caixa com 28 comprimidos), Lipitor 80mg, Puran T-4 100mcg e Rivotrol 0,5mg (caixa com 30 comprimidos).
No Rio de Janeiro: 56% com Pantozol 20mg (caixa com 7 comprimidos; 46% com Tylenol (caixa com 20 comprimidos) e 35% com Dermodex 60g.
Em São Paulo: 58% com Lipitor 80mg; 50% com Novalgina 500mg (caixa com 10 comprimidos) e 46% com Glifage 1g.
Em Minas Gerais: 58% com Dermodex 60g; 40% com Pantozol 20 mg (caixa com 7 comprimidos) e 30% com Lipitor 80mg.
Pesquisar sempre entre as farmácias para obter economia de até 30% é o que aconselha a PROTESTE após o resultado obtido com a pesquisa. E o consumidor deve optar pelos genéricos, sempre que possível. Se souber comprar, o consumidor pode pagar, por um medicamento, quase a metade do preço máximo autorizado pelo governo.
A economia pode ser maior se a opção for pelos genéricos. Nas capitais visitadas, os genéricos custam, em média, 8% menos em relação ao preço da cesta de marca. Em Belo Horizonte e Porto Alegre, a economia é maior ainda: 10%, substituindo 7 dos 15 itens pelos genéricos.
Foram coletados os preços para uma cesta de 15 medicamentos, que incluía desde analgésicos até anti-hipertensivos. Os pesquisadores buscavam os preços dos remédios sempre nas mesmas apresentações e incluindo as versões genéricas (quando disponíveis). A pesquisa completa está na revista ProTeste de março e no site www.proteste.org.br
No dia 31 de março sairá no Diário Oficial a autorização do aumento, baseado na inflação oficial acumulada (IPCA) e na produtividade dos laboratórios. Ao todo, 20 mil remédios terão seus preços alterados. Ficam de fora os homeopáticos, fitoterápicos e cerca de outros 400 produtos que não precisam de receita, como a Dipirona e o AAS.
Mais informações: Assessoria<