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Andropausa atinge 9% dos homens acima de 40 anos

Porta Abril

Incidência do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) aumenta a partir dos 60 anos

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando de forma progressiva, podendo atingir o patamar de 81,2 anos em 2050. Hoje mais de 22 milhões de homens estão acima dos 40 anos de idade e este número pode chegar a 47 milhões em 2030. No entanto, viver mais não significa, necessariamente, viver bem, especialmente no caso do público masculino que ainda resiste em procurar o médico.

Felizmente, alguns aspectos da saúde masculina começam a ganhar mais espaço entre especialistas, sociedades médicas e lideranças públicas, chamando a atenção para os cuidados com a saúde do homem. Esse é o caso da andropausa, termo popular para o hipogonadismo do homem maduro ou Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), que atinge cerca de 9% da população masculina acima dos 40 anos e 33% com mais de 60 anos.

Cansaço, distúrbios do sono, mudanças de humor, perda da força muscular e diminuição da libido são alguns dos sintomas do DAEM que se caracteriza pela redução das taxas de testosterona no organismo masculino a níveis abaixo de 200 mg/dL. Ao contrário das mulheres, a produção dos hormônios sexuais não é interrompida completamente e de forma abrupta no homem, mas ocorre uma queda gradativa dos níveis de testosterona no organismo. Estudos mostram que os homens com baixos níveis hormonais têm mais chance de desenvolver osteoporose, problemas cardiovasculares, síndrome metabólica, disfunção erétil e outras doenças.

Segundo o endocrinologista Ricardo Meirelles, professor associado de Endocrinologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, sintomas do DAEM são percebidos em menor ou maior grau, dependendo de cada pessoa. Eles afetam a qualidade de vida e o bem-estar do homem, por exemplo, diminuindo a capacidade produtiva do indivíduo e causando impacto nas relações interpessoais. Mas existe tratamento. A reposição hormonal melhora os sintomas da andropausa e contribui para o fortalecimento da massa óssea.

A terapia hormonal injetável é a mais indicada atualmente pelos médicos. Entre os tratamentos mais modernos, o undecilato de testosterona é administrado em aplicações trimestrais (via injeção intramuscular) e oferece a vantagem de manter os níveis de testosterona estáveis no organismo por mais tempo, sem picos excessivos, o que possibilita comodidade e eficácia no tratamento da andropausa.

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