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Anti-inflamatório com selo ambiental conquista indústria no exterior

Agência Estado

A candeia, árvore nativa da mata atlântica, produz um óleo essencial rico em alfa-bisabolol, um anti-inflamatório natural que tem ampla aceitação na indústria farmacêutica e de cosméticos no exterior. Assim como outros princípios ativos naturais, a candeia já era alvo de práticas predatórias de exploração quando os sócios Eduardo Roxo e Cristina Saiani criaram uma empresa para tentar reverter esse quadro, com o selo FSC – um dos mais conhecidos no mercado internacional de manejo ambiental.

Sócios da Atina – Ativos Naturais S.A., Cristina e Roxo buscaram com a certificação a valorização da matéria-prima da candeia e não associá-la ao uso descontrolado. “Foi a primeira vez que o selo FSC foi emitido no País para um produto de origem florestal não amazônica”, diz Roxo, que também buscou o selo de orgânicos Ecocert, para facilitar a entrada no mercado europeu. Segundo Cristina, a ideia de criar a empresa foi para “produzir ativos naturais com rastreabilidade e sustentabilidade”.

Hoje, 95% da produção do óleo vai para o exterior: o produto é utilizado por gigantes como L’Oreal, Beiersdorf (dona da Nivea) e Symrise, da área de perfumaria. No Brasil, o principal comprador é a Natura, que criou uma linha de produtos de maquiagem com os ativos certificados. Apesar das dificuldades, os sócios já estão abraçando outras frentes de negócios. Além da candeia, estão estudando as cadeias de outros ativos naturais da biodiversidade brasileira. “Estamos trabalhando em ativos ‘inéditos’, comprovados e de valor tecnológico para o mercado de cosméticos”, diz Cristina.

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