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Anvisa autoriza a venda de testes que podem diagnosticar o zika vírus

A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, autorizou a venda de três novos testes de laboratório que podem detectar o zika. Um dos fabricantes avalia que em até 40 dias os testes já estarão disponíveis nos laboratórios e outro informou que tem disponibilidade imediata para a entrega do teste.

O número de casos de microcefalia continua aumentando. Até 30 de janeiro, o Ministério registra mais de 4,7 mil casos notificados. Quatrocentos e quatro casos já foram confirmados por exames de sangue e imagem. Setecentos e nove foram descartados e mais de 3,6 mil estão sendo investigados.

O estado com maior número de casos confirmados é Pernambuco. Mais de mil ainda estão em investigação no estado. Em Brasília, quando um paciente chega com os sintomas nos postos e hospitais públicos, a recomendação é primeiro fazer o exame rápido contra a dengue. Se der negativo, vai para um exame clínico, e se os sintomas forem bem específicos, faz o PCR, que é o exame de sangue que detecta o vírus zika. A partir da semana que vem, o governo vai distribuir kits do exame para a rede pública.

A capacidade de fazer os exames deve aumentar, porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro para duas empresas produzirem e comercializarem testes do zika vírus, dengue e chikungunya.

oratório. Um é igual ao que já existe, o PCR, e os outros dois vão detectar anticorpos no organismo. Um deles tem que ser feito enquanto o paciente está com os sintomas, e o outro não. Poderá detectar se a pessoa já teve o vírus até aproximadamente cinco anos antes. O prazo para estarem no mercado ainda depende dos fabricantes. Cada teste deve custar entre R$ 500 e R$700.

Quinze bebês que morreram depois do parto ou durante a gestação, do ano passado pra cá no brasil, apresentaram microcefalia ou alteração do sistema nervoso central. Segundo o Ministério da Saúde, em cinco casos foi identificado o zika vírus no tecido fetal. Outras 56 mortes de bebês ainda são investigadas.

Paraíba

A falta de testes para detectar o zika vírus é uma das queixas dos profissionais de saúde. Na Paraíba, que registra 37 casos confirmados de microcefalia, tem mulher grávida com sintomas de zika vírus, sem o diagnóstico confirmado em exames laboratoriais.

A Paraíba é o terceiro estado com maior número de casos de microcefalia ainda em investigação, 460.Trinta e sete casos de foram confirmados.

“A maior dificuldade que o Brasil e o mundo todo está enfrentando é que a gente não tem uma sorologia eficaz para zika. O que a gente tem hoje é o PCR, você precisa estar com a doença ativa, o exame vai procurar o vírus que dura pouco tempo no organismo. A gente trabalha na perspectiva dos sintomas. Não temos certeza se as grávidas têm ou não a doença”, explica a especialista em medicina fetal, Adriana Melo.

Mães que tiveram bebês com microcefalia têm que viajar para outras cidades para fazer o acompanhamento dos filhos. Os especialistas dizem que ainda não há testes precisos para diagnosticar a doença.

Aline Santos teve zika no segundo mês de gravidez e só descobriu que a filha Alice tinha microcefalia na hora do parto. “Só cuidar melhor dela, dar mais carinhos, mais do que qualquer outro bebê”, diz Aline.

Logo que Alice nasceu, os pais foram orientados a buscar atendimento especializado.

O hospital municipal Pedro I fica em Campina Grande, na Paraíba, a 30 minutos da casa da família, que é na zona rural da cidade vizinha, Lagoa Seca. Quando o atendimento começar, eles vão precisar viajar toda semana para a unidade.

Desde novembro do ano passado, o ambulatório especializado em microcefalia do hospital atendeu mais de 260 gestantes. Dez casos de microcefalia foram confirmados. Outros 22 bebês também estão sendo acompanhados.

“O que nós fazemos aqui é o trabalho de estimulação precoce, fazendo com que os bebês desenvolvam o mais rápido possível durante essa primeira fase, que o cérebro está no pique no desenvolvimento”, fala a fisioterapeuta Jeime Iara Leal.

A Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande diz que envia o material coletado nos exames para outros estados, que ficam responsáveis pela realização do PCR, que é um teste para confirmar a existência do zika vírus.

Fonte: CFF

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