Folha de S. Paulo
O aumento do uso do Tamiflu, por conta da gripe suína, fez com que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicasse uma resolução tornando obrigatórios o monitoramento e a notificação de "todo e qualquer evento adverso e queixa técnica" relacionados à utilização do remédio.
A medida responsabiliza os detentores do registro do medicamento (Roche e Farmanguinhos, no caso do Brasil), os serviços de saúde públicos e privados e os médicos pelo relato de efeitos como esse.
É a primeira vez que a notificação de reações a um medicamento é obrigatória, diz Dirceu Barbano, diretor da Anvisa.
A medida foi considerada como de "interesse sanitário". A proposta é levantar possíveis reações ao medicamento, usado em larga escala pela primeira vez no Brasil, e modificar seu uso, caso isso seja necessário.
Até o momento, foram registradas quatro notificações de suspeitas de reações adversas ao Tamiflu.
Não há uma punição para quem não informar a respeito das reações, mas existe a possibilidade de responsabilização caso isso ocorra, diz Barbano.