Jornal do Commércio
A carteira de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a indústria farmacêutica já soma R$ 1,4 bilhão de projetos em várias fases, desde cartas-consulta até empréstimos já contratados, que vão alavancar investimentos de R$ 2,5 bilhões. Parte desses recursos será destinada a incentivar fusões, aquisições e internacionalização de laboratórios farmacêuticos nacionais. Também apoiarão investimentos em biotecnologia.
O chefe do departamento de produtos intermediários, químicos e farmacêuticos do BNDES, Pedro Palmeira, lembra que o objetivo de apoiar fusões, aquisições e internacionalização das empresas brasileiras inclui o projeto de criar uma grande empresa nacional, na qual o banco quer ter participação acionária.
"Não gosto de usar o termo superfarmacêutica, porque se a gente obtiver um sucesso enorme nesse movimento vamos ajudar a formar uma empresa com R$ 5 bilhões de faturamento, o que não chega nem perto das dez maiores do mundo", afirma. Palmeira lembra que a carteira de financiamentos no setor farmacêutico começou a ser formada em julho de 2004, quando o banco criou uma linha específica para essa área, a Profarma. Desde então, são 88 operações entre as que ainda estão na fase de consulta e as contratadas.