As temperaturas cada vez mais elevadas do verão brasileiro têm contribuído para o avanço no consumo das categorias de repelente e inseticidas nos últimos anos. Segundo levantamento da Kantar, empresa de dados, insights e consultoria, a penetração das categorias nos lares brasileiros cresceu 2,4 pontos percentuais (p.p.) e 2,5 p.p., respectivamente, entre 2020 e 2023, no ano móvel contado a partir de julho desses anos.
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Entre os últimos 12 meses terminados em julho de 2022 e o mesmo período do ano passado, o aumento na categoria de repelentes foi de 1,6 p.p., com 6 milhões de novos lares comprando e consumindo. As unidades de repelentes compradas por lar em 2022 eram 1,52 e hoje são 1,66. A maior concentração de consumo é das classes A e B, representando 27% da população e 34% das unidades compradas. A região da Grande Rio de Janeiro é responsável por 12% dos repelentes adquiridos nacionalmente.
Já as unidades de inseticidas compradas por lar eram 3,26 em 2022 e passaram a 3,54 no ano passado, com concentração de consumo nas regiões Norte e Nordeste, que representam 34% do total comprado. A penetração da categoria de inseticidas chega a quase 60% da população, o que representa mais de 35 milhões de lares brasileiros.
Os atacarejos são o canal de venda que mais ganha espaço na venda das categorias. Representavam 6,8% do share de vendas de repelentes e 16,8% de inseticidas em 2020, e em 2023 foram responsáveis por 13,2% e 23,9% da comercialização dos produtos, respectivamente.
Com o fenômeno El Niño prometendo temperaturas acima da média neste verão, a previsão é que haja uma maior proliferação de insetos no período. No último verão, o consumo em unidades de repelentes já foi 9% maior versus o verão de 2020, enquanto inseticidas registraram crescimento de 48%. A tendência de alta deve seguir este ano.
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Os dados acima são do estudo Brasil 40º da Kantar, que acompanha o comportamento de consumo dos brasileiros em bens de consumo massivo – alimentos, bebidas, artigos de limpeza do lar e itens de higiene e beleza pessoal, de maneira contínua. O estudo reúne 11.300 domicílios de todas as regiões e classes sociais do País, representando 60 milhões de lares.
Fonte: Revista da Farmácia