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Cai a patente do Viagra; genérico chega em junho

Folha de S. Paulo e Valor Econômico

Fim da exclusividade da fórmula foi decidida pelo STJ

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ontem, 28 de abril, que a patente do Viagra, usado no tratamento de disfunção erétil, expira no dia 20 de junho. A decisão permite a fabricação de medicamentos genéricos com o mesmo princípio ativo a partir dessa mesma data.

A Pfizer, que tinha a exclusividade de comercialização, pode recorrer. A expectativa, agora, é que os medicamentos dessa categoria fiquem mais baratos, em função da concorrência acirrada. Ao menos quatro novas drogas com o mesmo princípio ativo do Viagra já providenciaram seu registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e devem chegar às farmácias no dia 21 de junho: Anviryl, Viasil, Silvigor e Granvia.

O laboratório nacional EMS, de Hortolândia (SP), por exemplo, deverá lançar no mercado sua versão genérica do Viagra. No momento, a companhia aguarda o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pôr o produto no mercado. A aprovação deverá sair a qualquer momento. Hoje, uma caixa com quatro comprimidos do Viagra é vendida por, no máximo, R$ 127,80. Mas, segundo uma pesquisa de mercado feita pela Anvisa, os valores praticados no varejo nacional são, em média, 32% mais baixos.

Novas alianças

A Pfizer, ultimamente, apresentou interesse por duas empresas brasileiras de genéricos: a aquisição do laboratório Teuto e uma parceria com a Eurofarma. O contrato de fornecimento e distribuição com a Eurofarma já está fechado.

A ideia em estudo é permitir que a Pfizer forneça ao laboratório brasileiro o princípio ativo – a matéria-prima básica do medicamento, enquanto esse produz sua versão em genérico. A multinacional também está próxima de concluir a compra do laboratório Teuto, de Goiás, especializado em medicamentos genéricos. A multinacional já concluiu o processo de auditoria e deverá definir pelo fechamento do negócio nas próximas semanas, segundo fontes familiarizadas com a transação.

O Teuto é um laboratório especializado em genéricos que faturou cerca de R$ 300 milhões em 2009. Com essa aquisição, a Pfizer poderá fabricar genéricos de seus próprios medicamentos que estão para perder a patente, como o Lipitor (combate a hipertensão), carro-chefe da farmacêutica, e o Viagra.

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