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Cofre do banco continua aberto para aquisições no setor privado

Valor Econômico

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está com as portas abertas aos empresários nacionais que quiserem construir uma grande empresa nacional com capacidade de investir em inovação. "Não podemos pegar os noivos e levar para o altar à força. Mas podemos ser um cupido financeiro", diz Pedro Palmeira, responsável pela área farmacêutica do BNDES.
 
Segundo o banco, o desenho ideal é formar uma companhia farmacêutica com faturamento entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões por ano. O BNDES poderia participar com pelo menos 10% do capital, assento no conselho de administração e alguma gestão sobre a estratégia da empresa. "Se pegar uma empresa de R$ 3 bilhões de faturamento e investir 10% em inovação são R$ 300 milhões. Esse valor aliado às linhas de inovação do BNDES e da Finep dá para fazer algo diferente", diz Palmeira.
 
Questionado sobre quais empresas serviriam de base para a consolidação do setor no país, Palmeira foi enfático: citou o Aché, Eurofarma e EMS, todos de controle familiar.
 
A consolidação pensada pelo BNDES admite todas as possibilidades, ou seja, esses laboratórios como compradores, envolvidos em fusão ou até sendo adquiridos por terceiros. "É possível tudo", diz Palmeira. O banco quer evitar que esses laboratórios terminem alvo de empresas estrangeiras. "A crise também traz ameaça de desnacionalização do setor farmacêutico nacional. Nós tememos que com a crise as grandes multinacionais venham para o Brasil fazer compras de posições estratégicas. As parabólicas estão viradas para os emergentes."

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