O Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC), em parceria com a Unicamp, realizou a sétima edição da Pesquisa sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil. Cerca de 4 mil consumidores em todo o país foram entrevistados presencialmente.
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Valdomiro Rodrigues, coordenador do IFEPEC, participou do É de Farmácia e explicou como é o perfil do consumidor de farmácia.
“Desde 2016, a gente faz essa pesquisa anual. Na edição deste ano, nós percebemos que 70% dos shoppers estão na faixa de 26 a 60 anos e são predominantemente mulheres”, informa Valdomiro.
Ele disse que “o shopper, independentemente da sua faixa etária, está cada vez mais digital. Cerca de 27% dos entrevistados já compram por meios digitais. Portanto, é necessário que o varejista entenda que os consumidores mudaram os seus hábitos de compra após a pandemia da Covid-19 e crie modelos híbridos de atendimento”.
A pesquisa também revelou que o consumidor está cada vez mais atento aos preços dos itens da farmácia. De acordo com os dados, 88% dos shoppers disseram que o preço é o principal fator de atração. Por essa causa, é preciso desenvolver boas estratégias de precificação para fidelizar o cliente.
O levantamento ainda revelou que houve uma redução de 15% no tíquete médio. “Em 2021, o consumidor comprava, em média, três unidades na farmácia e gastava R$ 54. Já em 2024, esse valor caiu para R$ 47”, analisa Valdomiro. No entanto, a frequência à farmácia aumentou, o que justifica menos itens na cesta. Como vai mais vezes à farmácia, o shopper compra menos produtos por vez.
Em relação aos programas de fidelidade, 92% dos consumidores entrevistados disseram ter o programa em farmácias. Essa informação reforça a necessidade de os estabelecimentos desenvolverem melhor esse modelo, que proporciona uma espécie de “casamento” entre marca e cliente.
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“Ainda existem farmácias que não se deram conta das transformações dos consumidores. Elas precisam conhecer os costumes e os hábitos deles. Se isso não for feito, elas tendem a desaparecer. Vale a pena repensar o atual modelo de negócio”, finaliza.
Fonte: Revista da Farmácia