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Contexto

Valor Econômico

A corrida pela prevenção ao câncer com vacinas teve início na década de 70, mas só uma iniciativa foi bem-sucedida: a vacina de prevenção a quatro tipos de HPV (papiloma vírus humano). A virose é o principal fator de risco ao câncer de colo do útero. A Agência Internacional para Pesquisa de Câncer, vinculada à Organização Mundial de Saúde, estima que no Brasil houve 19 mil novos casos da doença em 2008; no mundo, foram 471 mil ocorrências. Atualmente, três laboratórios produzem a vacina: Merck Sharp & Dohme, GlaxoSmithKline (GSK) e Roche. No Brasil, o produto é vendido desde 2007. A Merck Sharp & Dohme, por exemplo, já imunizou 30 mil brasileiras, mas considera o número pequeno.

Para ganhar mercado, a empresa negociou com a Credicard a venda da vacina no cartão de crédito em dez mensalidades, diz o diretor de relações institucionais da empresa, João Sanches. "Há uma aceitação crescente, mas as vendas só serão massificadas quando o produto for incorporado ao calendário de vacinação do governo", afirma. Procurados, os outros laboratórios preferiram não comentar o tema. O Ministério da Saúde estuda há dois anos a inclusão da vacina no programa nacional de imunização, mas ainda não chegou a um acordo com os laboratórios a respeito do preço. Em clínicas particulares, os preços variam entre R$ 200 e R$ 500.

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