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Dia mundial da asma: especialistas querem melhorar o atendimento ao paciente na rede pública

Maxpress

O Dia Mundial da Asma, celebrado em 5 de maio, é um momento oportuno para alertar a população sobre os riscos da doença e, mais que isso, provar a milhares de asmáticos que eles podem levar uma vida normal se mantiverem a asma controlada.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, entre 100 milhões e 150 milhões de pessoas são vítimas da asma em todo o mundo. No Brasil, aproximadamente 10% da população sofrem da doença, sendo registradas 2,5 mil mortes todos os anos – uma média de oito pessoas por dia -, segundo o Ministério da Saúde.

A estimativa é que, a cada ano, cerca de 350 mil brasileiros sejam internados devido à asma. A doença é a quarta principal causa de hospitalizações no País, representando um gasto de mais de R$ 100 milhões para os cofres públicos.

Preocupados com esse cenário e com a missão de reverter a alta mortalidade associada à asma, o Conselho de Programas de Asma e Rinite (COPAR), formado por pneumologistas, alergistas e pediatras, decidiu multiplicar Brasil afora experiências bem-sucedidas de controle da doença.

"O objetivo do COPAR é, em conjunto com os gestores de saúde estaduais e municipais, encontrar caminhos para melhorar a assistência ao asmático na rede pública", explica a presidente do conselho, a pediatra Zuleid Mattar.

Entre as propostas do COPAR estão a realização de ações educativas para profissionais de saúde e população, a capacitação de generalistas para lidar com a doença, a ampliação do elenco mínimo de medicamentos disponíveis no SUS e o uso racional dos recursos destinados à compra de remédios.

As iniciativas são inspiradas em programas de cidades como Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Londrina (PR), Sorocaba (SP) e Montenegro (RS), apenas para citar algumas, que conseguiram melhorar a atenção ao asmático com a adoção de medidas simples.

"Conquistas como a diminuição das hospitalizações, a redução de custos e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes são o que o motivam o nosso trabalho", justifica.

Os programas-modelo – Criado em 1999 pela secretaria de saúde, o Programa de Atendimento ao Paciente Asmático do Distrito Federal está calcado em três pilares: educação em asma, fornecimento de medicamentos e capacitação dos profissionais de saúde. Segundo dados do Datasus, de 2000 a 2007, o programa foi responsável por uma redução de 38% no número de internações. A desoneração aos cofres públicos no período foi de R$ 772,5 mil. Em 2000 foram 2.743 internações por asma frente a 1.983 em 2007, liberando leitos para outros pacientes. "As conquistas foram alcançadas tanto devido à expansão do número de centros de atendimento aos pacientes asmáticos em Brasília quanto pela garantia do fornecimento de medicamentos da atenção básica e pela oferta de remédios de alto custo", a coordenadora do Programa de Asma da Secretaria de Saúde de Brasília, Dra. Marta Guidacci.

Em Salvador, o Programa de Controle da Asma e da Rinite Alérgica (ProAR), realizado em parceria com a Universidade Federal da Bahia, oferece assistência integral ao paciente da rede pública. "O principal objetivo do programa é devolver

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