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Dinamarquesa Leo Pharma prevê crescimento de dois dígitos no país

Tornar-se uma empresa global. Este foi o desafio que os executivos do laboratório dinamarquês Leo Pharma, especializado no desenvolvimento de produtos para o tratamento de doenças dermatológicas, como psoríase, se impuseram em 2008, quando a companhia completou 100 anos de existência. Desde então, a companhia, que já tinha presença forte na Europa, abriu uma série de escritórios ao redor no mundo, inclusive no Brasil, onde desembarcou em 2010. “Este é o segundo maior mercado do mundo para nosso tipo de produto e acredito que isso vá se refletir em breve na posição do país dentro de nossa estrutura global”, afirmou, ao BRASILECONÔMICO, Gitte Aabo, presidente da Leo Pharma. O potencial de crescimento da empresa no Brasil colocou o país entre os mercados-chave para a Leo Pharma. “Ao lado dos Estados Unidos, aqui é um dos lugares em que temos mais perspectivas”, diz Gitte. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o Brasil tem mais de 3 milhões de pessoas sofrendo de psoríase e entre 10 milhões e 20 milhões de portadores de queratose actínica, duas das principais doenças tratadas pelos remédios desenvolvimentos pela Leo Pharma. No ano passado, o faturamento global da companhia chegou a US$ 1,4 bilhão, um crescimento de 9% em comparação com o ano anterior. “A expectativa é que, no Brasil, o crescimento para os próximos anos se mantenha na casa dos dois dígitos”, afirma Thomas Weidauer, gerente geral da operação da empresa no país. Para fortalecer o nome da Leo Pharma no Brasil, o laboratório tem usado a mesma tática que já aplicou em outros países. Nesta estratégia, mais importante do que investir em ações tradicionais de marketing, e aplicar recursos em métodos para ampliar o conhecimento da população sobre as doenças que estão no radar da Leo Pharma. “Por isso sempre procuramos nos ligar às associações locais das doenças que ajudamos a tratar”, diz Gitte. “Queremos ser os parceiros preferenciais desse pessoal.” Além disso, a Leo Pharma investe na obtenção das licenças para comercializar mais itens de seu portfólio no país. “Devemos ter novidades até novembro”, afirma a executiva. Pesquisa Para manter o crescimento global, a empresa investe boa parte de seu faturamento na área de pesquisa e desenvolvimento. Segundo a  Leo Pharma, este número hoje gira em torno dos 20% do faturamento global. “É um valor elevado porque temos que estar preparados para oferecer cada vez mais tratamentos”, diz Gitte.Ao todo, mais de 900 cientistas trabalham no desenvolvimento de novos produtos, nos laboratórios localizados na Dinamarca, na França e na Irlanda. Atualmente, a Leo Pharma possui cinco fábricas, todas localizadas na Europa. “No momento uma unidade no Brasil ainda não faz parte de nossos planos”, afirma a executiva. Por enquanto, o foco é na ampliação da capacidade produtiva das fábricas atuais. Para isso, a companhia planeja investir US$ 80 milhões. Fonte: Brasil Econômico

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