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Em época de crise, aprenda a se organizar financeiramente

calculator-v2-1463122A crise econômica do País está deixando muitos brasileiros aflitos e preocupados, pois muitas empresas estão demitindo funcionários por falta de recursos financeiros. O cenário é realmente preocupante, pois a previsão é que o índice de desemprego chegue a 10% ainda neste primeiro trimestre do ano, segundo a Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O professor da IBE-FGV e doutor em Finanças, Márcio Barros Souza, afirma que existem riscos sim para os empregados. “As empresas estão passando por uma série de dificuldades e reajustando seus custos. Nesse reajuste, os funcionários correm o risco de serem mandados embora”.

Por esse motivo, é preciso ficar atento. Comece a organizar as finanças e aprenda a controlar os gastos, já que a rescisão não é suficiente em tempos de crise. O professor do IBE-FGV ressalta que, para evitar ser pego de surpresa, a organização é essencial.

Quando uma pessoa é demitida, ela retira o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mais 40% de multa rescisória e ainda o seguro-desemprego. Nesse caso, o doutor em Finanças recomenda que a quantia do FGTS seja usada para liquidar as dívidas. “Essa tática permite que a pessoa fique livre das contas. Além disso, é preciso pensar no Fundo de Garantia como um reforço na reserva e não como uma única solução para quando estiver desempregada”, explica.

Ainda de acordo com ele, o planejamento financeiro deve ser feito para ajudar nos gastos dos próximos 12 meses. Estratégias essas que devem ser praticadas independentemente da situação do mercado. E o ideal para isso é criar um método de controle, seja por meio de planilhas ou por aplicativos de celular, que o lembre de anotar os gastos.

O especialista sinaliza que é preciso ter cuidado com os cartões. “A facilidade de uma compra parcelada acaba virando uma dívida para lidar por muitos meses. Assim, o cartão de crédito acaba sendo um veneno para esse planejamento”, acrescenta.

Por fim, devido ao momento de instabilidade e possibilidade do desemprego, é necessário evitar fazer mais prestações caras e de longo prazo.

 Fonte: Márcio Barros Souza, professor da IBE-FGV e doutor em Finanças

 

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