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Farmacêuticas vão se reunir com Padilha para discutir novas regras

A preocupação do setor farmacêutico com relação às novas regras para o mercado de medicamentos similares provocou uma reunião de urgência entre o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e os participantes da indústria. Hoje, às 18h, o ministro se reunirá em Brasília com associações e executivos, e deve discutir principalmente a sugestão do ministério de que os similares sejam registrados com preço 35% menor que o do medicamento de marca, um dos principais pontos de rejeição por parte do setor privado. Também está sendo levantada a inclusão nas medidas da possibilidade ou não de aceitação da intercambialidade por parte das empresas do setor. Isso porque, caso o preço máximo dos medicamentos similares seja realmente definido, algumas empresas devem não querer que seus produtos possam ser substituídos pelos de referência na farmácia. De acordo com a proposta anunciada na quinta-feira pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério, os medicamentos similares – que, como os genéricos, utilizam princípios ativos que já tiveram o período de proteção de patente encerrado – terão de passar pelos mesmos testes aplicados aos de referência e genéricos, que garantem o efeito terapêutico desejado. Durante o anúncio, Padilha defendeu que as regras para registro do preço sejam iguais a dos genéricos. Ao contrário dos genéricos, no entanto, muitos similares são comercializados com marca, o que exige maiores esforços em marketing e em políticas comerciais por parte da indústria. Segundo fonte do setor, as empresas afirmam que podem ser prejudicadas em suas estratégias. Amanhã, empresas nacionais devem incluir na discussão a possibilidade de cortes em investimentos e redução de equipes focadas em marca. Outro fator que está sendo questionado pelo setor farmacêutico é a efetividade dos objetivos da medida. O governo espera que haja redução de preços na ponta do consumidor e aumento da oferta de produtos. O mercado, no entanto, alega que as farmácias geralmente repassam para o consumidor um desconto muito menor do que o dado pelo fabricante. Além disso, as novas exigências farão com que empresas menores tenham mais dificuldades em competir com as grandes neste mercado. Fonte: Valor Econômico 

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