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Farmacêuticas se aliam para entrar em novo mercado

Brasil Econômico

Nova empresa terá capital e cadeiras no conselho divididos igualmente entre os sócios

Há cerca de seis meses o executivo Odnir Finotti, presidente da Associação Brasileira de Indústrias de Medicamentos Genéricos, recebeu o convite oficial para assumir um grande desafio. Aché, EMS, Hypermarcas e União Química, quatro das maiores indústrias farmacêuticas nacionais, haviam decidido criar uma joint venture, batizada de BioNovis, para desenvolver medicamentos biotecnológicos e escolheram Finotti para comandar o novo negócio. "Reagi com muito otimismo, com a certeza de que em 10 anos essa empresa será um competidor global", diz o executivo. Hoje, o mercado de medicamentos biotecnológicos movimenta mais de US$ 160 bilhões em todo o mundo e não há nenhuma empresa nacional nesse bolo.

O novo laboratório terá um investimento de R$ 500 milhões nos cinco anos iniciais. Logo de cara, cada um dos sócios fará um investimento de R$ 50 milhões. "O restante do dinheiro pode vir tanto das empresas, como de fontes externas de financiamento", afirma Finotti.

A administração será independente das sócias. Nenhum executivo poderá trabalhar na BioNovis se tiver cargo em algum dos laboratórios associados. As quatro criadoras da nova empresa deverão indicar dois conselheiros cada.

Segundo Finotti, o estatuto da empresa proíbe a entrada de sócios estrangeiros. “Não é ufanismo, mas queremos ser um negócio 100% nacional”, afirma o executivo.

A BioNovis é uma das primeiras associações entre empresas nacionais no setor farmacêutico. No exterior, porém, esse é um tipo de iniciativa muito comum. “Por ser uma área muito custosa e com processos complexos, a biotecnologia é dona de boa parte desses acordos”, afirma Michael Waterhouse, analista da Morningstar.

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