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No Dia Mundial de Combate à Aids, 1º de dezembro, Farmanguinhos/Fiocruz comemora uma atuação cada vez mais incisiva na luta contra a doença. O Instituto já fornece oito antirretrovirais ao Ministério da Saúde (entre eles o Efavirenz, resultado do primeiro licenciamento compulsório realizado no país). Além da ampliação da produção destes medicamentos, o Instituto pretende começar a produzir, já em 2010, dois novos medicamentos do tipo 3 em 1 – reunindo três fármacos atualmente utilizados numa mesma droga -, que facilitarão a administração do coquetel. No próximo ano, também será inaugurada a fábrica de antirretrovirais da Fiocruz em Moçambique, que utilizará a tecnologia de produção da unidade produtora de medicamentos da Fiocruz.
Em fevereiro deste ano, Farmanguinhos entregou ao Ministério da Saúde o primeiro lote de Efavirenz produzido no Brasil. O antirretroviral, que faz parte do coquetel distribuído pelo Programa Nacional de DST/Aids, teve o licenciamento compulsório decretado em maio de 2007.
A iniciativa deve gerar uma economia de cerca de US$ 30 milhões por ano aos cofres públicos. Até setembro de 2009, o Instituto entregou 15 milhões de comprimidos ao Ministério da Saúde, metade da demanda brasileira. Em 2010, a produção do Efavirenz deverá ser totalmente nacional, com Farmanguinhos como o principal fabricante do medicamento.
"Farmanguinhos produz antirretrovirais desde a década de 90, e em 2009 este esforço se uniu à necessidade de garantir a soberania nacional e diminuir a dependência das importações de antirretrovirais com a produção do Efavirenz em solo nacional", lembra o diretor do Instituto, Hayne Felipe.
No dia 23 de novembro, a unidade da Fiocruz renovou um acordo com três grandes laboratórios do país para a compra de 15 toneladas do insumo farmacêutico ativo (IFA) deste antirretroviral. A aquisição representa uma garantia de que as necessidades do Ministério da Saúde serão atendidas no ano que vem.
Além de produzir outros sete antirretrovirais, Farmanguinhos deve fornecer ao Ministério da Saúde mais dois medicamentos do tipo 3 em 1 em 2010. Os compostos aumentam a adesão ao tratamento, uma vez que diminuem a quantidade de medicamentos que o paciente precisa tomar.
O próximo ano também deverá marcar a inauguração da fábrica de antirretrovirais de Moçambique. Farmanguinhos supervisionará a instalação e transferirá sua tecnologia de produção ao país africano, um dos mais afetados pela doença no mundo. "Farmanguinhos se orgulha da missão de ampliar o acesso a portadores do HIV a antirretrovirais. Estamos trabalhando para facilitar cada vez mais este processo", afirma Hayne Felipe.