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Farmácia e construção ampliam marca própria

DCI

As marcas próprias estão em crescente expansão – além da previsão de fechar o ano com participação de mercado de 9% (contra 7% no ano passado), elas começam a ganhar espaço em setores em que sua presença era pouco conhecida, como as farmácias.

A rede de farmácias Panvel, que opera na Região Sul do País, aproveita a crise para expandir ainda mais a sua linha de produtos. Segundo o diretor de Marketing, Julio Mottin Neto, o crescimento do primeiro trimestre (comparado com 2008) foi de 25%. "Preços mais baratos e grande volume de lançamento – ao todo duas linhas de produtos, com 29 itens – alavancaram as vendas de produtos com marca própria", disse ao DCI.

Para alimentar suas vendas, a varejista produz 65% de sua marca própria no Laboratório Lifar. A exceção são as linhas produtos descartáveis, que são terceirizadas. "Nosso negócio se expandiu. Já fornecemos produtos para o Supermercado Dia, do Grupo Carrefour, e para a Amway, que faz venda direta. Somente o laboratório cresce 20% ao ano".

Na visão de Mottin, o crescimento tem duas causas: a baixa concorrência no setor e o fato de ter seu próprio varejo: "Temos todas as estatísticas do que o cliente procura e isso facilita a fabricação de novos produtos". Ele lembra que o maior custo da empresa é o design de embalagens – cerca de R$ 300 mil por ano.

A rede farmacêutica também aposta na internet para vender seus artigos de higiene e beleza, que somam 400. Segundo Mottin, as entregas das vendas via computador acontecem em todo o país. "Criamos submarcas para ganhar volume de venda. Já há clientes encomendando grandes volumes para fazer revenda, uma vez que os produtos chegam a custar 20% mais barato que a concorrência."

Crise é aliada

A presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), Neide Montesano, diz que o mercado de marcas próprias está em crescimento e tem como aliado a crise. "Em abril, tivemos informações dos varejistas de que o primeiro trimestre foi excelente, apesar de a maioria não ter fechado o balanço das marcas próprias", afirmou.

Para a presidente da Abmapro dois fatores levam o consumidor a optar por marcas de rede: "A crise acelera o processo de substituição. Alguns produtos chegam a ser até 20% mais baratos". O segundo motivo é que os produtos apresentam qualidade similar ao da marca líder: "Devemos fechar o ano com 9% do mercado e em volume de venda com a fatia de 20%", afirma.

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