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FDA aprova nova opção de tratamento para forma mais comum e agressiva de câncer cerebral: o glioblastoma

Maxpress

Bevacizumabe foi aprovado para pacientes que tiveram progressão da doença após tratamento prévio

Nos EUA, pacientes com glioblastoma, o tipo de câncer cerebral mais comum e agressivo, receberam uma notícia esperançosa. O FDA (sigla em inglês de Food and Drug Administration), órgão regulatório de medicamentos e alimentos dos EUA, aprovou o medicamento Avastin (bevacizumabe) como nova opção de tratamento para pessoas que tiveram a progressão da doença após tratamento prévio.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), os gliomas representam a maioria dos tumores cerebrais em adultos (70%) e, destes, o glioblastoma é o tipo histológico mais frequente e maligno. Segundo especialistas, estima-se que cerca de 10 mil novos casos de glioblastoma sejam diagnosticados por ano, só nos Estados Unidos. No Brasil, não há dados oficiais sobre a incidência desse tipo de câncer.

"Os gliomas malignos se apresentam como desafios únicos, devido à localização, ao comportamento agressivo e ao crescimento infiltrativo difuso que levam a uma incapacidade extrema e progressiva, seguida por óbito na maioria dos casos", explica o Dr. Artur Katz, oncologista do Hospital Sírio-Libanês. De acordo com Katz, apesar dos avanços em cirurgia, radioterapia e quimioterapia nos últimos 30 anos, na maioria dos casos é possível obter apenas um controle temporário do crescimento do tumor.

"Pessoas com este tipo de câncer cerebral não tiveram novos tratamentos em mais de uma década. Depois de tantos anos com poucos progressos neste campo, Avastin (bevacizumabe) foi associado à resposta duradoura no tumor e os médicos têm agora um novo medicamento para oferecer aos pacientes", afirma Katz.

A National Brain Tumor Society (Sociedade Nacional de Tumor no Cérebro), dos Estados Unidos, foi receptiva à aprovação de Avastin (bevacizumabe) pelo FDA. "Um diagnóstico de câncer de cérebro é devastador, pois os tumores invadem o tecido cerebral e podem causar uma deterioração rápida", diz Harriet Patterson, diretora de serviços para o paciente da Sociedade Nacional de Tumor no Cérebro. "Até agora, as pessoas com glioblastoma quase não tinham tratamento e tinham pouca esperança."

Após o tratamento inicial com quimioterapia e radioterapia, mais de 90% dos pacientes com glioblastoma verá o retorno de seu câncer e há poucos tratamentos eficazes quando a terapia inicial para de funcionar. Depois que a doença progride, os pacientes com esse tipo de câncer sobrevivem aproximadamente seis meses.

A eficácia do Avastin (bevacizumabe) para essa forma agressiva de câncer cerebral é baseada em uma melhora na taxa de resposta objetiva do Estudo BRAIN (AVF3708g) e do estudo NIC (NIC 06-C-0064E). Atualmente não há dados disponíveis de estudos randomizados controlados demonstrando uma melhoria nos sintomas relacionados à doença ou ao aumento da sobrevida com Avastin (bevacizumabe) em glioblastoma.

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