ASCOFERJ | Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro

Foco no colaborador

Revista da Farmácia – ed. 195:

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Mauro Pacanowski, professor e consultor da FGV.

Pesquisar o que determina e estimula as farmácias a adotarem a parceria como estratégia competitiva e como esse conceito vem sendo praticado nos processos administrativos organizacionais das empresas são atitudes necessárias para compreender as razões para se adotarem os processos colaborativos não apenas internamente, no desenvolvimento e na capacitação de funcionários, mas também junto a fornecedores, clientes e consumidores.

Isso implica a necessidade de compartilhar a resolução dos problemas, entendendo que a complexidade das relações interpessoais e empresariais cria dificuldades numa administração centralizadora. Sozinho, de forma hierárquica, é praticamente impossível aos gestores encontrar soluções rápidas e eficientes para os problemas sem comprometer a competitividade da empresa. O conhecimento do funcionário, nesse contexto, é valorizado, pois faz com que a empresa tenha mais subsídios para competir.

Quanto às vantagens competitivas da colaboração, podemos identificar: particularidade, focando a rede de relacionamentos de forma única para cada organização; dificuldade de imitação, em que o relacionamento é tácito e, portanto, não pode ser simplesmente codificado; a sustentabilidade, cujo potencial de valor excede os custos; e a agregação por meio do tempo, que permite a consolidação das relações e o fortalecimento dos laços de confiança entre os envolvidos.

A utilização de ferramentas tecnológicas na construção dos relacionamentos traz benefícios sustentáveis, principalmente pela facilidade de acesso às redes sociais. O uso de aplicativos como vídeos, mapas e imagens auxilia na troca de opiniões e motiva a interatividade. Graças à internet, um contingente mobilizado tem a capacidade de enriquecer debates e desenvolver diferentes iniciativas, como captura, formatação, disponibilização e ampliação de dados para a análise de ações específicas, revelando a importância dos indicadores.

As soluções são pensadas de tal forma que acabam atendendo aos interesses de todos os envolvidos, mantendo os canais de comunicação direta abertos para a construção de um entendimento. As práticas colaborativas proporcionam reuniões presenciais arquitetadas para promover um diálogo franco, com troca de informações, possibilidade de expressão de prioridades e expectativas e negociação baseada na boa-fé, buscando um acordo que beneficie os processos produtivos e, em outra escala, o consumidor final.

O processo colaborativo enfatiza a identificação de soluções viáveis. Em vez de inflamar expectativas e polarizar as partes envolvidas, cria-se um ambiente que as auxilia a identificar questões comuns e possíveis soluções para os impasses. Em geral, o resultado é um acordo de alta qualidade, com ganhos mútuos, preservando-se a continuidade de relacionamentos-chaves e o respeito, bem como encorajando a cooperação e a responsabilidade.

Comunicação Ascoferj

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