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Genéricos: diferença chega a 568%

Diário de São Paulo

Levantamento mostra que preço cai porque fabricantes têm isenção tributária e não precisam investir em pesquisas e propagandas

Em um momento de aperto financeiro, principalmente depois da chegada da crise econômica mundial, o uso de medicamentos genéricos surge como uma boa opção para quem quer economizar. O alívio no bolso do consumidor pode chegar a, no mínimo, 35%. Mas uma pesquisa realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) mostrou que a diferença entre 50 remédios de referência, chamados de marca, e os genéricos foi de 568 %.

Isso ocorre porque os preços estabelecidos pela Câmara de Regulação de Mercado (Cmed), um órgão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), têm um teto máximo que pode ser cobrado pelas farmácias. Mas, na prática, elas acabam cobrando menos porque o teto imposto pelo Governo está alto demais.

Pouca adesão

Dois em cada dez remédios consumidos no Brasil são genéricos. O desconhecimento e a resistência por parte da população na hora de abrir mão do medicamento de marca pelo mais barato ainda são grandes, embora o Ministério da Saúde garanta a eficácia. "Por ser uma cópia, o genérico deve ser mais barato, pois o fabricante tem isenção tributária, não precisa investir em pesquisa nem gastar com propaganda. Dá para confiar no produto no que diz respeito ã ação terapêutica", diz a farmacêutica Carolina Morelli.

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