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Governo confirma reajuste de preços de medicamentos em 12,5%

1290130_58512768Embora o governo tenha determinado um percentual de 12,5%, portanto acima da inflação, para o reajuste no valor dos medicamentos, o acumulado dos últimos 10 anos continua abaixo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em quase 18 pontos percentuais. Entre 2007 e 2016, a inflação aferida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta crescimento de 79,3%, enquanto os reajustes da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) chegaram a 61,2%.

“Essa diferença mostra que, apesar do reajuste deste ano, os medicamentos continuam com seus valores corrigidos abaixo da inflação”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).

A alta da energia elétrica e as variações do câmbio tiveram grande influência no índice deste ano. Além disso, apenas uma faixa de reajuste foi divulgada pelo governo, diferente do ano passado, quando três faixas foram divulgadas para medicamentos de classes terapêuticas distintas. Essa mudança acontece porque o índice de produtividade da indústria farmacêutica diminuiu, ou seja, a relação entre pessoas empregadas e produção foi menor.

Apesar do reajuste, os descontos praticados pelo mercado devem influenciar o preço final do medicamento. No varejo farmacêutico, o abatimento médio é de 72% para genéricos e 16% para medicamentos de referência. “Como esse mercado é muito competitivo, os preços ficam sempre abaixo do índice de reajuste”, explica Britto.

Fonte: Interfarma

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