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Tykerb, inovadora opção de tratamento oral para o câncer de mama, disponível no mercado brasileiro
A GlaxoSmithKline Oncologia trouxe para o Brasil uma opção de tratamento via oral para câncer de mama avançado ou metastático. O Tykerb (ditosilato de lapatinibe), lançado nos EUA em março de 2007, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e já está disponível no mercado brasileiro. Trata-se de uma terapia alvo-dirigida que ataca diretamente as células cancerosas, impedindo sua proliferação. O medicamento deve ser utilizado em combinação com o Xeloda® (capecitabina), tipo de quimioterápico, também oral, é indicado para pacientes que tiveram progressão da doença, com o uso do Herceptin (trastuzumabe).
Pesquisas realizadas com o Tykerb mostraram que, nas pacientes que falharam ao tratamento com trastuzumabe, Tykerb, em combinação com o Xeloda®, interferiu no tempo para a doença progredir em oito meses e meio, em média, ou seja, o dobro do tempo se comparado ao tratamento que usava apenas a capecitabina isolada.
"Uma das principais vantagens do Tykerb é possibilitar a melhora da qualidade de vida das pacientes, que podem fazer uso da medicação por via oral, fora do ambiente hospitalar, em sua própria casa e, desta forma, ficar mais tempo com seus familiares. Além disso, o medicamento tem menor risco de toxicidade sobre outros órgãos, como o coração, e, por ser uma terapia alvo-dirigida, apresenta pouca ação nas células não cancerosas, ocasionando menos efeitos colaterais se comparada aos quimioterápicos habitualmente usados contra o câncer de mama", afirma Císio Brandão, médico oncologista e gerente médico da GSK Oncologia, que acredita que o futuro para o tratamento do câncer de mama está na terapia alvo-dirigida.
Cerca de 10% a 30% dos cânceres de mama causam metástases cerebrais – disseminações para o cérebro que aumentam as complicações e o risco de mortalidade precoce. As metástases cerebrais são o segundo tipo mais comum de metástase devido à doença. Dados preliminares com Tykerb mostram que o novo medicamento previne e trata estas ocorrências. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 49 mil mulheres desenvolverão o câncer de mama em 2009. Outros dados do INCA mostram que, em 25 anos, a taxa de mortalidade do tumor aumentou 38,62%, o que faz do câncer de mama o tumor específico da mulher que mais mata.
Estudos no Brasil
São vários estudos em curso com o Tykerb no Brasil. A estimativa é de que sejam quase uma dezena deles, beneficiando mais de 200 pacientes. Entre as pesquisas em andamento, está a coordenada pelo oncologista Eduardo Côrtes, da Faculdade de Medicina e do Hospital Universitário da UFRJ, que objetiva descobrir formas de potencializar o índice de cura após a cirurgia. O Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) também está com outros dois estudos em andamento, ambos coordenados pela Dra. Célia Tosello.
De acordo com a Dra. Célia, a terapia alvo-dirigida promete ser o caminho para o tratamento do câncer de mama. "Nosso principal objetivo é confirmar se o lapatinibe, que tem a seu favor a praticidade da administração oral e menos efeitos colaterais, em adjuvância com a hormonioterapia ou a quimioterapia, aumenta o tempo livre de doenç