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GT do Rio apresenta modelo de logística reversa

No dia 12 de dezembro, farmácias, drogarias, distribuidoras e indústrias que compareceram à Ascoferj puderam conhecer o modelo de logística reversa definido pelo grupo de trabalho (GT) do estado Rio de Janeiro. Neste dia, também estiveram presentes o presidente da Ascoferj, Luis Carlos Marins; a diretora da entidade, Fernanda Ramos; o Departamento Jurídico da Associação; a coordenadora do Núcleo de Regulação e Boas Práticas Regulatórias (Nureg), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Simone Ribas; e membros do GT. Luis Carlos Marins abriu o encontro agradecendo a presença de todos em uma ocasião fundamental para o setor farmacêutico e destacou a importância de o estado do Rio de Janeiro dar mais este passo contribuindo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). “Esse projeto está em construção e para obtermos resultados positivos para a PNRS precisamos do comprometimento de todos nesse momento”, alertou Marins. Em seguida, Simone Ribas mencionou a Lei nº 12.305/2012, que institui a PNRS e trata do gerenciamento de resíduos sólidos. Contou como está a contribuição por parte dos estados e ressaltou que, nos dias de hoje, os setores estão mais comprometidos com a questão. “Esse é um assunto do interesse de todos, e o objetivo é buscar soluções para o descarte correto desses resíduos. Dessa forma, também conseguiremos reduzir os impactos que eles causam à saúde humana e à qualidade ambiental”. Simone também comentou que cinco estados – Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso – ainda precisam discutir o assunto e elaborar algum projeto, assim como o Rio e outros estados estão fazendo. Sistema de logística reversa no estado do Rio de Janeiro O integrante do GT do Rio de Janeiro e representante do Laboratório de Sistemas Avançados de Gestão da Produção da Universidade Federal do Rio de Janeiro (SAGE/COPPE/UFRJ), André Pontes, apresentou o modelo de projeto de logística reversa do estado para aqueles que estiveram no encontro. André explicou passo a passo como foi desenvolvido o projeto pelo GT: a população realizará a entrega dos resíduos de medicamentos nas farmácias e drogarias voluntárias. Quando a urna estiver cheia, um funcionário treinado e designado pela farmácia deverá fechá-la com fita adesiva para evitar abertura durante o transporte e substituí-la por outro recipiente. O transporte e o armazenamento dos resíduos das farmácias e drogarias serão realizados pelos operadores logísticos até o receptor final. Para que não aconteça nenhum problema nesta etapa, é necessário que os recipientes estejam fechados, numerados e identificados. A destinação final dos resíduos acontecerá quando os recipientes forem encaminhados para a empresa que fará a incineração. Essa firma deverá informar à Ascoferj o peso dos resíduos recolhidos e incinerados. Esta informação será encaminhada ao Nureg, da Anvisa. Agora, o próximo passo será a adesão por parte do varejo, indústria e distribuição, já no próximo mês. Para os setores que pretendem aderir a este projeto, que acontecerá, inicialmente, nos municípios do Rio de Janeiro e Niterói, basta enviar email para descartemedicamentos@ascoferj.com.br. A ideia é lançar a campanha sobre o descarte correto em março de 2013. Convidados aprovam projeto Os representantes das entidades e órgãos que estão envolvidos na questão se mostraram bastante satisfeitos com o projeto que está sendo construído para o estado do Rio. No entanto, a ausência da indústria no lançamento do projeto foi bastante criticada. Para os convidados, toda a cadeia precisa se preocupar com a questão, caso contrário o Poder Público ditará as próprias regras. Para o presidente da Ascoferj, Luis Carlos Marins, a indústria está se ausentando de suas responsabilidades, o que não é bom para o setor. “Somos responsáveis pelo correto descarte desses resíduos. O custo do projeto não pode ser de um setor específico, mas sim de todos”, afirma. A representante da Emefarma, Gabriela Encina, também afirma estar preocupada com os custos e a participação das indústrias. “O projeto apresentado está muito bom e acredito que conseguiremos contribuir com a logística reversa do País, mas é preciso que a indústria se apresente e cumpra seu papel. Se não fizer isso, todo o processo poderá ser prejudicado”, conta Gabriela. De acordo com a supervisora da CBS Drogarias, Flávia Santos, os empresários também precisam estar comprometidos. “O projeto precisa ser bem desenvolvido para que seja democrático. Não podemos arcar com os custos dos outros”, diz Flávia. A representante da Vigilância Sanitária de Niterói, Deuseli Quaresma de Figueiredo, conta que o projeto desenvolvido pelo GT vai gerar respostas às demandas da população. “Antes as pessoas me perguntavam como poderiam realizar o descarte desses resíduos. Agora, estamos caminhando para buscar essas respostas e não deixarmos essas pessoas desamparadas. Além disso, estamos contribuindo para os benefícios que o descarte correto trará para nós e meio ambiente”, conclui.

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