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Inovação é caminho para maior expansão do setor farmacêutico no país

Câmara Americana do Comércio

Investimentos em inovação e na melhoria do acesso da população a medicamentos são a saída para acelerar o crescimento do setor farmacêutico nacional, defende Antônio Brito Filho, presidente da Interfarma (Associação de Indústria Farmacêutica de Pesquisa. “O Brasil precisa acordar e criar um ambiente mais favorável para a indústria farmacêutica, pois sempre haverá produtos protegidos por patentes. A solução virá quando o País se qualificar melhor institucionalmente para a inovação”, afirmou Antônio, que participou ontem do comitê de Saúde da Amcham-São Paulo.

Mesmo sem equacionar essas questões, o segmento registra um bom desempenho no País, com expansão média de 12% ao ano nas duas últimas décadas. Em 2009, o valor movimentado foi de aproximadamente US$ 30 bilhões.

Conforme o presidente da Interfarma, considerando-se os Brics (bloco que reúne Brasil, Índia, China e Rúsia), o Brasil é o segundo país em que o mercado de fármacos mais cresce, atrás apenas da China – um resultado favorável, mas com potencial para ser ainda melhor, não fossem os entraves na legislação e as baixas apostas locais em inovação. “Poderíamos estar um passo adiante, pois detemos expertise para alcançar um papel maior no mercado do que temos”, ponderou.

Pontos de atenção

Antônio elogia avanços recentes do País no sentido de aumento na fabricação de vacinas e medicamentos básicos, mas critica o que chama de corrida brasileira pelas commodities, ou seja, tentativa de reproduzir itens já existentes no mercado não protegidos por patentes, a exemplo dos genéricos. “China e Índia estão anos-luz à nossa frente e, nesse aspecto, a corrida já está perdida. Nosso espaço é buscar o andar de cima, a inovação. O restante é reprodução copiada”, argumenta.

Ele censura também a demora para incorporação de novos fármacos à listagem do Sistema Único de Saúde, principalmente em tempos de mudanças no perfil epidemiológico brasileiro com inclusão de diversas novas moléstias, o que leva a população que depende do sistema público a optar pela via judicial para ter acesso a itens ainda não incluídos.

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