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Jovens que se embriagam sofrem alteração no desenvolvimento do cérebro

G1

Infelizmente, cada vez mais vemos jovens bebendo e bebendo demais, até cair. Em festas de adolescentes nas grandes cidades é comum a necessidade de suporte médico para tratar a intoxicação alcoólica — festas onde, por questões legais, não deveria nem ao menos ser permitido servir bebidas alcoólicas, pela presença de menores.
Em nossa sociedade a utilização de álcool pelos jovens é aceita e até mesmo estimulada.
 
Pesquisas científicas vêm mostrando que o efeito da bebedeira sobre o cérebro das crianças não se limita ao dia seguinte. Uma nova pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia em San Diego, mostra que o desenvolvimento do tecido cerebral pode ser alterado nos jovens que passam da conta.
Os cientistas descobriram que a substância branca apresenta modificações com a exposição a toxinas, especialmente o álcool, em altas doses. A substância branca é responsável pela transmissão de informações entre as regiões de substância cinzenta do cérebro.
 
Com essa dificuldade de transmissão da informação ficam comprometidas as capacidades de coordenar várias informações na tomada de decisões e no controle das emoções. Essas alterações, que afetam várias regiões diferentes do sistema nervoso central, já haviam sido detectadas em cérebros de alcoólatras.
 
O que não se conhece ainda é o padrão temporal de modificação, porém acreditava-se que isso acontecesse no decorrer de anos.
O tecido nervoso central ainda está em desenvolvimento nos adolescentes. Essa evidência aponta para o fato de o dano causado pelo excesso de álcool poder ser definitivo e trazer conseqüências no desempenho social e intelectual desses jovens.

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