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Medicamento contra lúpus chega à fase final de testes; é o 1º em 50 anos

O Estado de São Paulo

O laboratório farmacêutico britânico GlaxoSmithKline (GSK) e o americano Human Genome Sciences (HGS) anunciaram resultados positivos de ensaios clínicos de um tratamento contra o lúpus eritematoso, doença inflamatória crônica. Há 50 anos não é lançado no mercado um medicamento contra o lúpus. A doença atinge cerca de 5 milhões de pessoas, provoca dores intensas nas articulações, lesões na pele do rosto e problemas renais. Pode chegar aos sistemas nervoso e circulatório.

Depois de passar com sucesso a fase três dos ensaios clínicos, prévia à comercialização, o Benlysta (cujo nome científico é belimumab) pode ser o primeiro tratamento autorizado em décadas para os doentes de lupus, segundo a GSK e a HGS.

"Os resultados dos estudos mostraram que o belimumab, associado a um tratamento padrão, após 52 semanas tinha melhorado o estado dos pacientes, em comparação com os pacientes que tomaram só o tratamento padrão", afirmaram os dois laboratórios em um comunicado conjunto.
A eficácia do belimumab, geralmente bem tolerado pelos doentes, ocorre por causa de uma diminuição dos anticorpos típicos do lúpus e dos sintomas da enfermidade. A associação entre os dois laboratórios começou em 2006.

Será realizado um segundo ensaio de fase três em novembro. Depois, as empresas pretendem solicitar autorização das autoridades sanitárias para comercializar o medicamento nos Estados Unidos, na Europa e em outras regiões, no primeiro semestre de 2010.
"Benlysta é o primeiro medicamento desenvolvido especificamente para o lúpus que chegou à última etapa de testes clínicos com resultados positivos", sublinhou Carlo Russo, vice-presidente da unidade Biopharm da GSK.

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