ASCOFERJ | Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro

No balcão

Revista da Farmácia – ed. 200:

 

 

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Ana Lucia Caldas, farmacêutica, gerontóloga e especialista em atenção farmacêutica.

 

Na farmácia, o balcão de atendimento é o melhor local para o farmacêutico rastrear os pacientes que necessitam de cuidados. O momento da apresentação da prescrição ou da simples solicitação verbal de um medicamento pode ser a oportunidade para verificar o grau de entendimento do cliente acerca do medicamento que vai adquirir.

A presença do farmacêutico junto ao balconista ou mesmo sozinho no balcão contribui para melhorar a qualidade do atendimento e garantir todo o processo da dispensação farmacêutica. Nesse momento, pode ser possível prevenir, identificar e resolver alguns problemas relacionados à farmacoterapia.

Importante ressaltar que o farmacêutico deve ter boa aparência, simpatia, paciência, formação acadêmica adequada e qualidades para o repasse de informações. Com essa postura de acolhimento ao paciente, o profissional cria uma situação de empatia imprescindível para iniciar o processo de dispensação de medicamentos.

Ao detectar alguma dúvida ou falha relacionada ao uso de medicamentos, uma consulta deve ser sugerida ao cliente para esclarecer suas questões, seus problemas de saúde e dispensar, além de medicamentos, atenção e cuidados personalizados. Para tal, a sala ou o consultório farmacêutico é o espaço adequado para atender os pacientes, preservando a sua individualidade, o que não seria possível no balcão, um local onde transitam outras pessoas e se dispensam os medicamentos. O cuidado realmente começa no balcão.

Em Portugal, esse cuidado já está estabelecido. A prática da dispensação pode ser observada basicamente na maioria das farmácias comunitárias, onde é comum ver um balcão composto por um time de farmacêuticos conferindo prescrições, orientando, indicando e até mesmo finalizando a compra dos medicamentos.

Por vezes, ali mesmo no balcão, os farmacêuticos anotam os horários e doses nas caixas ou colocam aviso nos celulares de idosos com o objetivo de alcançar a adesão ao tratamento. Quando necessário, agendam consultas para organizar os medicamentos, orientar sobre os cuidados e disponibilizar os vários serviços que as farmácias comunitárias oferecem aos seus clientes/pacientes, que não são poucos, como, por exemplo, o acompanhamento para combate ao tabagismo e à obesidade. Um local que promove a saúde, previne doenças e agravos das enfermidades existentes.

Ana Lucia Caldas, farmacêutica, gerontóloga e especialista em atenção farmacêutica

Comunicação Ascoferj

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