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Novo estudo compara a eficácia de tratamentos para DPOC

Assessoria laboratórios Boehringer Ingelheim e Pfizer.

Dados do estudo POET (Prevention Of Exacerbations with Tiotropium), publicados este mês no New England Journal of Medicine, demonstram a eficácia do brometo de tiotrópio, em comparação ao salmeterol, no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Segundo a análise, o tiotrópio reduz em 28% o risco de exarcebações graves e em 14% o risco de exacerbações moderadas, contribuindo para a diminuição do número de internações em um período de um ano. O estudo comprova também que o tiotrópio atrasa significativamente a ocorrência da primeira crise de DPOC, com uma redução de risco de 17% em relação ao salmeterol, além de diminuir em 11% a taxa anual das crises vividas pelos pacientes e em 23%, 15% e 24% os riscos de exacerbações tratadas com corticóides sistêmicos, antibióticos ou ambos, simultaneamente.

As exacerbações – crises fortes de falta de ar, tosse e produção de catarro que acometem os portadores moderados a muito graves de DPOC – acarretam grande impacto sobre a saúde dos pacientes e geralmente resultam em frequentes internações. Essas crises são indicadores-chave da progressão da doença e do declínio na função pulmonar. Preveni-las é a meta principal do tratamento com broncodilatadores inaláveis de longa duração, como o brometo de tiotrópio. O medicamento aumenta o diâmetro das vias aéreas e proporciona melhora dos sintomas, aumenta a resistência às atividades diárias e aos exercícios, além de reduzir as crises.

A análise envolveu 7.376 pacientes de DPOC moderada a muito grave. Dos 2.691 pacientes que apresentaram exarcebações, 44% tinham DPOC moderada. Os efeitos do brometo de tiotrópio na redução da taxa anual de crises por paciente foi superior em todas as análises, independentemente de idade, sexo, tempo de exposição ao cigarro, gravidade da doença, índice de massa corporal e uso de outros medicamentos. Além disso, os benefícios do tiotrópio em comparação ao salmeterol tornaram-se evidentes um mês após o início da análise e mantiveram-se durante todo o período de duração do estudo.

“As exacerbações têm grande impacto na qualidade de vida dos pacientes e aumentam o risco de morte. O estudo POET reforça o brometo de tiotrópio como primeira escolha no tratamento de manutenção dos pacientes com DPOC, permitindo aos portadores levar uma vida ativa por mais tempo”, afirma o Dr. Claus Vogelmeier, coordenador do estudo e professor do departamento de Medicina Interna, Divisão de Pneumologia, da Universidade de Marburg, na Alemanha.

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