O Estado de São Paulo
FC2 é mais barato e fácil de usar, facilitando luta contra a aids com um meio totalmente controlado pela mulher
Defensores do preservativo feminino estão promovendo uma versão mais barata e mais fácil de usar que eles esperam que ajudem a combater a aids e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Uma versão inicial da camisinha feminina foi apresentada em 1993 e continua sendo a única forma de proteção contra DSTs e gravidez não desejada totalmente controlada pela mulher. Ainda assim, apesar do incentivo da ONU e de outras organizações, seu uso ainda é minúsculo, mesmo quando a parcela de mulheres contaminadas pela epidemia de aids continua a crescer.
Defensores esperam que essa dinâmica mude com a aprovação pela Food and Drug Administration (FDA) do FC2, uma nova versão do preservativo produzido pela Female Health Co.
Cerca de 35 milhões de preservativos femininos foram distribuídos em todo o mundo no ano passado, mas isso se compara a mais de 10 bilhões de camisinhas masculinas, que são muito mais baratas e, ao menos inicialmente, mais fáceis de usar. No entanto, em algumas nações com elevados níveis de contaminação por HIV, homens se recusam a usar preservativos, colocando mulheres em risco.
Embora pareça similar à sua antecessora – feita de material macio e transparente com dois anéis – a FC2 é feita de borracha sintética ao invés de poliuretano, tornando sua produção muito mais barata. Seu custo é de cerca de um terço de sua antecessora e pode ficar ainda menor, permitindo que organizações distribuam um número muito maior de preservativos.
Mary Ann Leeper, ex-presidente da Female Health Co. e agora sua conselheira estratégica, disse que a FC2 faz menos barulho durante o uso.