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OMS distribuirá vacinas para gripe A para 2% da população de cem países

R7

Uma centena de países em desenvolvimento receberá nos próximos quatro meses vacinas contra a gripe A para cobrir 2% de sua população e com o objetivo de imunizar prioritariamente o pessoal de saúde, informou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O responsável da Iniciativa de Vacinas da OMS, Marie-Paule Kleny, revelou que este organismo traçou a meta de distribuir, em uma segunda etapa, dose de vacinas suficientes para cobrir 10% da população desse grupo de países. Desta maneira se poderia imunizar também outros grupos considerados prioritários na atual pandemia de gripe, como as mulheres grávidas e pessoas com certas patologias crônicas.

Estima-se que a primeira distribuição será de cerca de 60 milhões de doses de vacinas, o que representa 2% de uma população total de três bilhões de habitantes nos cem países beneficiados, disse a cientista em um encontro com jornalistas. Para a identificação dos beneficiados, a OMS tomou em conta seu nível de vulnerabilidade perante a pandemia, assim como sua capacidade para utilizar as vacinas, já que se quer evitar que fiquem armazenadas em depósitos.

Os primeiros envios, acrescentou, serão realizados em novembro e a meta é cobrir os trabalhadores do setor da saúde, que são os mais expostos a contrair o vírus AH1N1. "Nos países que experimentaram a primeira onda da gripe A, os sistemas de saúde foram postos sob forte pressão, inclusive nos países de alta renda, e ainda mais nos países em desenvolvimento que costumam ter sistemas mais fracos", declarou.

A respeito das vantagens da imunização desses trabalhadores, Marie-Paule disse que "não contagiarão seus pacientes e serão capazes de continuar ocupando-se deles". Explicou também que os dois parâmetros essenciais para estabelecer que países serão os primeiros a receber a vacina serão que estes se encontrem no hemisfério norte – onde em breve começará o inverno – e a prevalência de pessoas com aids. "A OMS recebeu de pelo menos três laboratórios promessas de doações de 150 milhões de vacinas, às quais se somam outros 50 milhões de doses comprometidas por Governos, o que nos permite ter uma visibilidade de 200 milhões de doses e faz com que nosso déficit seja de 100 milhões de vacinas", disse Marie-Paule.

No entanto, explicou que das vacinas prometidas uma boa parte não estará disponível em vários meses. Por isso, não pôde dizer quando a OMS realizaria uma segunda rodada de doações para cobrir 10% da população dos países em desenvolvimento. Em relação à inocuidade da nova vacina, Marie-Paule reiterou a posição da OMS no sentido de que esta é "segura".

Na China, graças ao desenvolvimento da vacina por um laboratório nacional, se vacinou mais de cem mil pessoas e se observaram efeitos secundários em uma proporção de um a mil, ressaltou Marie-Paule. Assegurou que esse índice é bastante baixo e que, em todos os casos, os efeitos secundários foram de "pouca gravidade", como febre e dores musculares. "Quando são administradas milhões de vacinas podem ser registrados fatos adversos que não têm relação com a vacina", disse, para depois garantir que este produto "não implica nenhum risco" para as mulheres grávi

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