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Instituição acredita no potencial do setor e vai investir R$ 3 bilhões no Profarma até 2012.
“Temos parques industriais farmacêuticos no Brasil que estão no nível dos melhores do mundo. Falo isso porque conheço projetos implantados em vários países”, afirmou Pedro Lins Palmeira Filho, chefe do Departamento de Produtos Intermediários Químicos e Farmacêuticos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ele esteve na manhã da última quinta-feira (27/08) proferindo palestra no Seminário sobre Pesquisa Química organizado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. O encontro fez parte da programação da 2ª Edição da CPhl South America 2009, que aconteceu de 26 a 28 de agosto no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
Essa visão positiva do mercado, segundo Palmeira Filho, tem reflexos na política da instituição para o setor. Só o Profarma, um programa que se propõe a fomentar complexos industriais de saúde no Brasil, tem recursos na ordem de R$ 3 bilhões até 2012. “O BNDES acredita que há grande potencial na área. Queremos formar empresas com maior musculatura, com o intuito de formarem uma multinacional no setor farmacêutico”, frisou. Cinco temas alicerçam o projeto: inovação, reestruturação, produção, exportação e apoio aos produtos públicos. Além disso, estão também presentes na exposição para apresentar aos visitantes do evento opções em financiamento.
O chefe de departamento do BNDES não deixa, no entanto, de fazer um alerta: é preciso enraizar as ações de pesquisa e desenvolvimento não só nas universidades, mas também nas empresas. “Os EUA, que são uma referência no setor, possuem mais recursos envolvidos na pesquisa industrial do que na pesquisa acadêmica, ao contrário do que acontece no Brasil. É algo para se pensar e discutir”, comentou.