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País vai vacinar idosos, grávidas e crianças

O Estado de S.Paulo

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse ontem que grávidas, idosos, crianças pequenas e portadores de doenças crônicas devem receber a vacina contra o vírus H1N1 a partir de 2010. O ministro ressaltou que a estratégia para combater a gripe suína não está fechada e que a campanha de imunização deve começar em abril.

"Há uma dúvida ainda sobre (vacinar) a população com idade de 20 a 39 anos e essa questão está sendo analisada", afirmou Temporão, referindo-se à faixa etária que registrou alto índice de contaminação pelo vírus no inverno. "Estamos analisando todos os fatores com as sociedades brasileiras de Obstetrícia, Pediatria e Infectologia. O ministério vai ouvir os especialistas para construir sua estratégia", declarou.

Temporão lembrou que a vacina exige um longo tempo de produção e que os primeiros lotes serão entregues ao ministério em janeiro e fevereiro – por isso a campanha não começará antes de abril.

"Tivemos uma queda substantiva (da contaminação por H1N1) e agora nos preparamos para uma possível segunda onda da gripe, a partir do inverno do ano que vem. Estamos comprando vacinas, estocando medicamentos, treinando pessoal e adquirindo equipamentos para ampliar o número de leitos de UTI", disse.

Mutações
Ontem, a Itália divulgou que foi detectada em um paciente a mesma mutação do vírus H1N1 encontrada na Noruega. A Coreia do Sul afirmou ter registrado o primeiro caso de resistência ao antiviral Tamiflu no país.

Em nota, o Ministério da Saúde da Itália informou que o doente sofria de grave forma de pneumonia. "Os dados confirmam que a mutação do vírus não parece predominar nos casos graves ou letais e que não indica estar em fase de difusão", diz a nota. Até o momento, segundo o ministério italiano, 93 pessoas morreram no país por causa da gripe suína.

Na Coreia do Sul, a cepa resistente ao Tamiflu foi encontrada em um menino de 5 anos, que precisou de doses repetidas do remédio para se recuperar da doença.

O Ministério da Saúde da Coreia do Sul orientou que os doentes retornem aos hospitais caso não reajam à medicação após o quinto dia de uso.

Ao comentar a mutação do H1N1 na Itália, Temporão disse que, até agora, não há evidências de que as cepas sejam mais graves ou resistentes aos remédios disponíveis. "Temos de aguardar novos estudos para traçar uma estratégia", disse.

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