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Pfizer traça plano para ir além do Viagra e bater a L’Oréal

Brasil Economico

A Pfizer, farmacêutica que ficou globalmente famosa pelo Viagra, e que teve a patente do medicamento para disfunção erétil vencida em 2010 e passou a conviver com a consecutiva invasão de genéricos no mercado, quer crescer muito além da pílula azul.

Em um movimento claro para dar musculatura a sua divisão de produtos para consumo, a companhia americana contratou Rodolfo Hrosz, até então diretor geral da Heineken para a América Latina, para comandar a área responsável pela produção e venda de todos os itens que não demandam prescrição médica – os chamados OTC (MIP, na sigla brasileira). Ou seja, Hrosz chega à empresa para acelerar as vendas do polivitamínico Centrum, do nutricosmético Imedeen, fruto da recente aquisição da Ferrosan, dos cosméticos, além de analgésicos, antiácidos e descongestionantes como Advil, Magnésia Bisurada e Dimetapp.

Enquanto a Pfizer registrou faturamento bruto de R$ 4 bilhões no Brasil em 2011, a divisão de consumo vendeu R$ 229 milhões. Embora pequeno frente ao império criado pela farmacêutica, os números da divisão cresceram 30% no ano passado e devem se manter em rota de ascensão daqui por diante. Com a ajuda de Hrosz, as vendas devem duplicar em até três anos. “Para isso acontecer, vamos aumentar o número de categorias com as quais trabalhamos. Hoje são cinco. Até 2015, estaremos atuando em outras seis ou sete categorias”, promete Hrosz.

Atualmente, há cerca de 20 categorias abaixo do guarda-chuva dos OTCs e a Pfizer quer, claramente, participar de muitas delas. “Vejo muitas oportunidades para crescer em PCH”, diz o executivo, referindo-se à divisão que comanda, a Pfizer Consumer Healthcare.

NUTRICOSMÉTICOS

A chegada de Hrosz à companhia aconteceu simultaneamente às negociações e, posteriormente, à aquisição da Ferrosan, empresa dinamarquesa que fabrica o Imedeen, nutricosmético que disputa mercado com o Innéov, da L´Oréal. A entrada da Pfizer no negócio, que movimenta por volta de US$ 2,4 bilhões no mundo, pode trazer dias difíceis para a L´Oréal no Brasil.

Na média anual, o mercado de medicamentos isentos de prescrição cresceu 16% nos últimos quatro anos. Essa área tem grandes oportunidades porque vende qualidade de vida, algo que os países com aumento de poder aquisitivo e amadurecimento etário da população buscam. A meta de Hrosz é imprimir na Pfizer o mesmo ritmo de lançamentos e ações que ele mantinha na Heineken.

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