Gazeta Mercantil
A população não precisa comprar remédios contra a gripe suína. O alerta é do presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro, Samuel Kierszenbaum, que comentou hoje a procura pelo remédio Tamiflu, esgotado em farmácias da capital fluminense.
De acordo com Kierszenbaum, os pacientes que precisarem de tratamento vão receber o medicamento na dose adequada, de acordo com prescrição médica. Como nenhum caso foi detectado no país, ele acrescenta que não há motivo para alarde.
"Não adianta comprar remédios. O medicamento só funciona na hora certa. Não adianta comprar ou estocar o remédio. A indicação cabe ao médico", destacou. "Caso haja problema, o paciente será encaminhado e examinado.Confirmada a patologia, a pessoa será medicada".
O infectologista lembra que, com as temperaturas mais amenas nesta época do ano, gripes e resfriados são comuns. Para diferenciar os sintomas de uma gripe normal dos sintomas da gripe suína, ele explica que outras informações dadas pelo paciente também são consideradas.
"O dado epidemiológico faz a diferença. Se a pessoa veio de uma região onde está confirmada a gripe, como o México, pode ser um caso suspeito. Agora, uma [gripe] em pessoa que veio de um país sul-americano, por exemplo, não é motivo para entrar em pânico".
Kierszenbaum também reafirma que não há transmissão de gripe suína no consumo de carne de porco. Segundo ele, a transmissão é feita pelo ar, ao falar e ao tossir, por exemplo.
"Por isso, é recomendado o uso da máscara para quem vem de áreas onde casos da doença foram confirmados. É uma medida para proteger as pessoas daqui", acrescentou.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o vírus da gripe (Influenza) atinge cerca de 15% da população do mundo a cada ano e a incidência varia de acordo com a temperatura de cada região.