De acordo com o último levantamento do Censo Demográfico, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, mais de 22 milhões de brasileiros estavam com 65 anos ou mais. O número cresceu 57,4% comparado a 2010, quando esse contingente era de 14 milhões.
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Com esse crescimento, o Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC), em parceria com o Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia da Unicamp (NEIT), da Unicamp, realizou a segunda edição do Estudo do Mercado Sênior 2024. A pesquisa tem como objetivo entender a realidade do público 50+ em relação a saúde, prevenção e hábito de consumo nas farmácias brasileiras. Foram entrevistadas 2,5 mil pessoas presencialmente em todo o país, sendo 2,2 mil consumidores e 300 cuidadores.
Os dados mostram que 53% dos entrevistados são mulheres e 47% são homens. Além disso, cerca de 51% das pessoas que participaram da pesquisa residem no Sudeste, 19% no Nordeste, 17% no Sul, 8% no Centro-Oeste e 5% no Norte.
O estudo do IFEPEC revela que a aposentadoria é a principal fonte de renda de 36,9% dos entrevistados. Esse percentual é praticamente igual ao da pesquisa de 2020, quando o número era de 37%.
De acordo com o levantamento, cerca de 85% dos entrevistados de 50 a 59 anos costumam comprar medicamentos de forma presencial. Cerca de 21% preferem comprar via WhatsApp, 10% pelo app, 2% por telefone e 5% pelo site. Na pesquisa de 2020, cerca de 91% das pessoas tinham preferência por comprar na loja física.
A pesquisa também revelou que cerca de 90% das pessoas de 60 a 69 anos escolhem comprar em uma determinada farmácia por conta do preço, mas que localização (6%) e estoque (55%) também são fatores importantes na tomada de decisão do cliente.
Em entrevista à Revista da Farmácia, Janete Martins, de 66 anos, comentou que prefere pesquisar à distância: “Por conta de um problema na minha coluna, costumo ficar em casa e procurar os melhores preços via WhatsApp. Por exemplo, quando preciso comprar um lubrificante ocular, escolho a loja que oferece o produto com o valor mais acessível”.
Já Maria de Fátima, de 60 anos, disse que realiza a pesquisa de forma presencial: “Eu escolho comprar em uma determinada farmácia por conta do preço. Quando preciso de um medicamento, pesquiso o valor em várias lojas”.
O estudo mostra ainda que cerca de 46,5% de todo o público, independentemente da faixa etária, usa cartão de débito como forma de pagamento e que o uso do PIX (4,9%) ainda é baixo, perdendo para crédito e dinheiro.
Apesar de as farmácias se preocuparem com gerenciamento por categoria e layout, 56,4% dos entrevistados disseram que têm dificuldades para encontrar MIPs para dor, febre, gripe e resfriado sem a ajuda do farmacêutico ou do balconista. Por volta de 30,6% relataram que nem sempre conseguem e apenas 13% comentaram que encontram sem auxílio algum. Esses percentuais reforçam a necessidade de melhorias e investimentos na comunicação visual e no layout da farmácia.
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O levantamento também revela que as pessoas estão comprando mais genéricos: 67,7% deram preferência a esse segmento. Na pesquisa de 2020, os genéricos estavam na cesta de compras de 66% das pessoas. Já 40,2% compraram medicamentos de marca e 27,9% adquiram não medicamentos em sua última compra.
Fonte: IFEPEC