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Em janeiro deste ano, a nova diretoria do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) tomou posse. Pelos próximos dois anos, a presidência estará ocupada por Camilo Carvalho, formado em Farmácia pela Universidade Unigranrio, pós-graduado em Bioquímica, Farmácia Clínica com ênfase em Prescrição Farmacêutica e Farmácia Estética. Possui ainda habilitação em Homeopatia e é empresário no segmento de farmácia magistral.
O farmacêutico concedeu uma entrevista exclusiva ao portal Revista da Farmácia e comentou, entre tantos assuntos, sobre os principais desafios da classe farmacêutica, os objetivos da Diretoria e a mudança de percepção sobre a profissão, principalmente após a pandemia de Covid-19.
Objetivos da nova gestão
Entre os objetivos da nova Diretoria, Camilo afirmou que um dos principais é a valorização dos profissionais farmacêuticos e fazer com que se sintam em casa dentro do Conselho. “Um dos pontos com que estamos comprometidos é fortalecer a imagem institucional do CRF-RJ, engajando cada vez mais o público interno na disseminação de informações aos farmacêuticos, sobretudo promover a assistência farmacêutica aos atores do setor e à sociedade”, disse o presidente da entidade.
Outro ponto abordado foram os Projetos de Lei que colocam em risco a sobrevivência das farmácias e drogarias. Camilo relembrou propostas recentes que encerravam a obrigação da presença de farmacêuticos e permitiam a venda de medicamentos em supermercados. Segundo ele, é fundamental que a Diretoria não permita que eles sejam aprovados.
“O fato de um medicamento ser vendido sem receita não significa que não possa ser prejudicial à saúde. Em alguns casos, esses medicamentos podem até levar à morte. Os farmacêuticos são profissionais qualificados, que têm a responsabilidade de orientar o uso racional de medicamentos”, argumentou Camilo.
Importância da farmácia
Camilo comentou, em determinado ponto da entrevista, sobre o novo momento da farmácia brasileira, ressaltado após o início da pandemia de Covid-19. O presidente do CRF-RJ explicou que, durante os últimos dois anos, os farmacêuticos trabalharam ativamente em equipes multidisciplinares para ajudar no combate ao coronavírus. Por esse motivo, acredita que as farmácias devem ser cada vez mais integradas às metas de saúde pública e prestar serviços para testar outras doenças.
Na opinião do profissional, os farmacêuticos devem cada vez mais entender que, inclusive no balcão da farmácia, desempenham o papel de ajudar na redução da morbidade e mortalidade de doenças e problemas relacionados a medicamentos. “O momento da dispensação é também a porta de entrada para os cuidados farmacêuticos, quando o profissional poderá dispor seu serviço especializado para a população, que vai desde a consulta farmacêutica até os serviços farmacêuticos”, disse.
Farmácia Popular
O Programa Farmácia Popular também foi abordado durante a entrevista. De acordo com Camilo, o assunto tem grande relevância para a nova Diretoria e será acompanhado de perto pela Comissão Parlamentar do Conselho – os membros procurarão parlamentares de todo o Estado para aprimorar o papel da categoria. Reuniões com o Conselho Federal de Farmácia (CFF) também serão realizadas para debates acerca do tema.
Leia a entrevista na íntegra na Revista da Farmácia.
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