A PróGenéricos obteve em ação de nulidade de patente, junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, o INPI, a anulação da Carta Patente (PI9809388-6) do Bevacizumabe, ativo biológico utilizado na produção de medicamento para o tratamento de vários tipos de câncer, entre eles cólon e reto, mama e pulmão. O produto é de uso hospitalar e a atualmente apenas adquirido pelo sistema privado ou via judicialização (em que o governo, através de determinação judicial, é obrigado a comprar o produto para o paciente que o requerer). O Bevacizumabe , que tem como referência o medicamento Avastin, da Roche, estava com a proteção patentária concedida à companhia Genentech, Inc. Com doses custando, em média, R$ 10 mil a unidade, o produto movimentou R$369,4 milhões no Brasil em 2014. A molécula, globalmente, movimenta mais de US$ 7 bilhões ao ano. Para Telma Salles, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, a importância da anulação desta carta patente não é apenas econômica, mas também prioritária para o desenvolvimento industrial no país. “O produto ficará significativamente mais barato, o que garantirá ampliação do acesso. Além disso, o governo brasileiro também chancelou 4 PDPs envolvendo o produto, que será produzido localmente”, explica. As PDPs consolidadas para a produção local do Bevacizumabe são entre IVB – Bionovis; Butantan – Libbs; Biomanguinhos – Orygen e Tecpar -Biocad. As PDPs viabilizarão a distribuição do produto pelo SUS. Fonte: Conteúdo Comunicação