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Redes de drogarias entram em guerra pela liderança

Gazeta Mercantil

O ano de 2008 foi marcado por uma disputa acirrada no segmento de drogarias. A rede cearense Pague Menos manteve a primeira posição no ranking de maiores faturamentos do setor em 2008 com uma receita de R$ 1,55 bilhão. Mas foi a partir da segunda colocação da lista que setor mostrou mudanças significativas. A Drogasil, de São Paulo, depois de registrar um crescimento de 31,8% em sua receita bruta, que chegando a R$ 1,32 bilhão, pulou da quarta para a segunda posição. "Foi um ano em que todas as redes se movimentaram para expandir, para aumentar a presença onde já atuavam ou marcar presença em novos mercados", afirma Sérgio Mena Barreto, presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), responsável pela realização do ranking.
 
A adoção da substituição tributária no estado de São Paulo é citada por executivos como fator importante para o desempenho das grandes redes em 2008. O sistema, afirmam, inibiu fraudes, privilegiando as empresas idôneas.
 
No que diz respeito a número de lojas, o ranking também apresentou importantes mudanças, embora a primeira posição também tenha sido mantida pela Pague Menos. A Droga Raia, de São Paulo, pulou do quinto para o segundo lugar. "Nos últimos dois anos, realizamos um forte e bem sucedido plano de expansão", afirma o vice-presidente comercial da Droga Raia, Eugênio de Zagottis. A empresa, que em 2006 contava com 150 unidades, abriu 111 lojas entre 2007 e 2008, sendo 63 no ano passado, encerrando o período com 259 unidades. Para 2009, a empresa já tem confirmada a abertura de 20 lojas no primeiro semestre. A Droga Raia registrou um crescimento de 38,5% em seu faturamento, que chegou a R$ 1,14 bilhão no ano passado.
 
Diferente de Droga Raia e Pague Menos, que cresceram unicamente por meio orgânico, a Drogasil dividiu seu crescimento entre aquisições e abertura de lojas. Comprou no ano passado a aquisição da rede Vision, do Distrito Federal (com 24 unidades) e inaugurou 22 lojas. Este ano, a empresa já comprou 13 pontos comerciais de uma rede no Espírito Santo, o que permitiu a entrada no estado.
 
A disputa promete continuar acirrada este ano. Para manter a posição de liderança a Pague Menos planeja investir R$ 30 milhões em 2009 entre inauguração de lojas e reforma de unidades. A ideia é encerrar o ano com 320 unidades em funcionamento e um crescimento de 20% no faturamento. "Todo ano é uma briga de foice" afirma o proprietário da Pague Menos, Francisco Deusmar de Queirós.
 
O ranking poderia sofrer alteração se fossem consideradas como uma só as operações pertencentes ao mesmo grupo, no caso, Pacheco e Santa Marta e Drogaria São Paulo e Farmax.

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