Gazeta de Limeira
O governo federal liberou para as farmácias populares o fosfato de oseltamivir, medicamento usado no tratamento da gripe A – H1N1. Em Limeira, embora a unidade já tenha o remédio, a distribuição ainda não teve início.
O medicamento será gratuito na rede pública, mas liberado apenas mediante receita médica. “É um remédio controlado, no qual temos de reter a receita para a entrega”, diz Vanessa Regina Thereza, farmacêutica gerente da Farmácia Popular de Limeira. Segundo ela, haverá um receituário padronizado para o medicamento.
No último dia 3, o município recebeu 2,6 mil unidades em cartelas com dez cápsulas cada, o que deverá ser reposto conforme a demanda. No entanto, a unidade aguarda da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o envio de um livro de registros para controle da distribuição do medicamento.
Vanessa explica que o medicamento já existia antes da epidemia da gripe A, mas era pouco procurado. “A indicação é para casos como bronquite, pneumonia e sinusite, com ataque à mucosa nasal, ouvido e traqueia. Apesar disso, é oferecido somente com orientação médica”, ressalta.
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi responsável pela produção do medicamento, a partir do princípio ativo que o Ministério da Saúde tinha em estoque. O laboratório enviará ao Ministério relatórios quinzenais sobre a demanda em cada uma das unidades da Farmácia Popular. A intenção é monitorar a procura pelo remédio e controlar a distribuição dos tratamentos, de acordo com as necessidades locais.
O medicamento não é indicado para todo e qualquer caso de pessoa com sintoma de gripe, mas para pacientes com quadro de doença respiratória grave, cujo início dos sintomas tenha ocorrido no período de 48 horas. O antiviral, segundo avaliação médica, também está indicado para tratamento de pacientes com sintomas de gripe que sejam portadores de fatores de risco, como doença crônica e gravidez. Porém, segundo a orientação do fabricante, o laboratório Roche, o medicamento deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício justificar o risco potencial para o feto.