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Remédios genéricos são alvos de críticas de médicos e hospitais

O Correio do Povo
Daiana Constantino

Mesmo após dez anos sendo vendidos no mercado brasileiro, os produtos identificados por tarjas amarelas e pela letra G em negrito passam por resistência de alguns médicos. Entretanto, isso é o oposto da recomendação de boa parcela dos profissionais de Jaraguá do Sul.

A Associação Médica do município, por exemplo, receita os remédios genéricos com segurança. Conforme o presidente da entidade, Rogério Luiz da Silva, o resultado é eficaz e está garantido pela Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), responsável por regulamentar a produção e o comércio desses medicamentos.

Porém, o alerta fica para a população não confundir os genéricos com os similares. Segundo o farmacêutico Sílvio Boppre, o produto similar não possui a mesma bioequivalência de substâncias dos remédios tradicionais. “Além dos genéricos terem a dose eficiente, os valores são mais acessíveis. As pessoas podem comprar os genéricos sem medo”, complementa.

O médico ginecologista e obstetra dos hospitais São José e Jaraguá, Amaury do Amaral Teixeira, compartilha da mesma opinião. “Os laboratórios fabricantes dos genéricos são fiscalizados pela Anvisa e passam pelo teste de bioequivalência”, enfatiza. No entanto, Teixeira reconhece que há profissionais que preferem indicar os remédios tradicionais por ter experiência positiva e de longa data com determinada droga e laboratório.

Outro cuidado apontado pelos profissionais é sobre a troca de medicamentos. “Remédios tradicionais podem ser substituídos por genéricos, mas não por similares porque não são intercambiáveis com os de referência”, destaca o farmacêutico Sílvio Boppre.

Hoje os remédios genéricos enfrentam resistência dentro de hospitais tradicionais do país como Albert Einstein, Sírio-Libanes e Oswaldo Cruz. Porém, não existem estudos científicos que comprovem a desconfiança.

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