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Sandoz reforça aposta em medicamento biossimilar

Líder em medicamentos biossimilares no mundo, a Sandoz, braço de genéricos da suíça Novartis, quer ampliar sua presença no país. A companhia já comercializa no Brasil o hormônio de crescimento Omnitrope desde junho do ano passado e tem outros dois produtos aprovados para tratamento de câncer nos mercados europeu e americano, além de um pipeline com oito a dez produtos em desenvolvimento nesse segmento. Em entrevista ao Valor, Randall Hyer, diretor-global da área médica de biofarma da Sandoz, afirmou que os biossimilares têm um importante papel de aumentar o acesso à população para tratamentos de doenças graves, como câncer e artrite reumatoide, por exemplo. "Os medicamentos [biológicos] ainda são muito caros. Os biossimilares apresentam uma solução para este problema, provendo a mesma alta qualidade do biológico e maior acesso." Mais complexo que os genéricos – que são cópias idênticas de remédios de referência, os medicamentos biossimilares são uma versão dos biológicos (desenvolvidos a partir de células vivas), mas não chegam a ser uma reprodução fiel do original. Por isso, sua eficácia e segurança só podem ser comprovadas por estudos clínicos. No Brasil, o governo está apoiando duas recém-criadas empresas, a Bionovis (joint venture entre Aché, EMS, Hypermarcas e União Química) e Orygen (Biolab, Eurofarma, Cristália e Libbs), que pretendem ser os primeiros laboratórios nacionais voltados para desenvolvimento de biológicos e biossimilares. A Bionovis já submeteu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) seu primeiro produto para tratar artrite reumatoide, disse Odnir Finotti, presidente da companhia. Esse mercado começa a ganhar impulso no país. "Além das normas publicadas [para a produção de biológicos e biossimilares], o arcabouço jurídico já está segmentado", afirmou Dirceu Barbano, presidente da Anvisa. No Brasil, os biossimilares são tratados como biológicos conhecidos. "Os critérios da Anvisa para aprovação desses medicamentos são com base técnica e avançados", afirmou. Pioneira em biossimilares, a Sandoz começou a fazer suas primeiras pesquisas em 1996, disse Hyer. Com participação global de 51% nesse mercado, a farmacêutica comercializa seus medicamentos em mais de 50 países. Segundo ele, esses produtos beneficiam mais de 50 milhões de pacientes. Seu primeiro biossimilar, o Omnitrope, começou a ser comercializado pela companhia em 2006. Atualmente, a Sandoz tem três biossimilares no mercado global. Hyer acredita que nos próximos cinco anos sete dos dez melhores medicamentos farmacêuticos comercializados em todo o mundo serão biológicos. No Brasil, a Sandoz está instalada em Cambé, no Paraná. Essa fábrica, considerada pela matriz referência, produz e desenvolve três hormônios que são exportados para seis países da Europa – Suíça, República Tcheca, Finlândia, Suécia, Itália e Alemanha. Nos últimos seis meses, foram comercializadas 20 milhões de unidades no exterior. Segundo a Sandoz, o Omnitrope, o primeiro biosssimilar da companhia no país, promoveu uma economia de R$ 2 milhões para o paciente, se comparado ao investimento feito com o tratamento com um biológico, em um ano. Fonte: Valor Econômico

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