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Sanofi tem maior exposição nos mercados emergentes

Valor Econômico

A Sanofi-Aventis pode ser considerada a maior multinacional farmacêutica com a presença nos países emergentes, segundo revela um levantamento realizado pela consultoria IMS Health.

A farmacêutica francesa obteve receita de US$ 3,1 bilhões em 2008 nos chamados "pharmerging". O neologismo engloba a posição crescente das empresas farmacêuticas nos mercados emergentes.

A lista inclui os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), além da Turquia, México e Coreia do Sul. Os sete mercados vão responder em 2009 por mais da metade da taxa de crescimento das vendas globais da indústria farmacêutica.

Até pouco tempo atrás, uma grande parcela das multinacionais farmacêuticas considerava essa fatia apenas como "rest of the world" – o resto do mundo, termo que englobava todas as nações fora das economias desenvolvidas, como EUA, Canadá, Europa Ocidental e Japão

A posição absoluta da Sanofi-Aventis deve aumentar diante dos demais rivais em razão de aquisições feitas pela empresa francesa nestes mercados. Além da compra do laboratório Kendrick no México, a Sanofi adquiriu a Medley, fabricante de medicamentos genéricos no Brasil.

Em termos relativos, a alemã Bayer é a empresa com maior exposição aos mercados emergentes. A centenária empresa alemã teve quase 15% de sua receita auferida nos "pharmerging".

Essa posição é creditada à quantidade de produtos maduros, principalmente os medicamentos OTC (isentos de prescrição médica), como a Aspirina, onde os volumes de vendas crescem aceleradamente.

Nos últimos tempos, as multinacionais "acordaram" para os potenciais ganhos do "pharmerging", especialmente em razão da desaceleração do crescimento em seus mercados mais tradicionais.

Com dificuldades de encontrar novos medicamentos, as empresas americanas estão fortalecendo por meio de aquisições de rivais em seus próprios mercados. Por tabela, vão ampliar sua posição nos mercados emergentes.

A americana Pfizer, que adquiriu a concorrente Wyeth no início do ano, elevará sua presença. Dados do ano passado mostram que a Pfizer ocupava a terceira posição no ranking em vendas absolutas. As empresas japonesas, como Astellas, Eisai e Takeda, são as lanterninhas deste ranking.

No ano passado, o mercado farmacêutico global movimentou US$ 773 bilhões, segundo dados do IMS. A expectativa da consultoria é que as vendas cheguem a US$ 910 bilhões a US$ 940 bilhões em 2013. A projeção é que "pharmerging" atinjam vendas entre US$ 155 bilhões a US$ 185 bilhões.

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