Ícone do site ASCOFERJ | Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro

Vacina auxilia o tratamento contra hipertensão

Portal Farmácia

Uma recente publicação na revista Lancet mostrou que pesquisadores selecionaram 72 pacientes hipertensos, que foram submetidos à injeção subcutânea de uma vacina que estimula a formação de anticorpos contra a angiotensina uma peptídeo cuja ação é vasoconstrictora, ou seja, diminui o calibre dos vasos aumentando a pressão arterial. A outra metade dos pacientes recebeu injeções de placebo.

Esta vacina cria anticorpos que ajudam o tratamento contra hipertensão arterial, doença que afeta 25% dos adultos, sendo o mais importante fator de risco cardiovascular passível de tratamento. Controlar esta doença de maneira adequada, com o tratamento eficaz, diminui o risco de um infarto do miocárdio em 20%, derrame cerebral em 40% e o aparecimento da insuficiência cardíaca em cerca de 50% dos pacientes

No estudo que resultou na eficácia do tratamento, pesquisadores selecionaram 72 pacientes hipertensos leves a moderados (idade média de 52 anos), que já estavam sob tratamento com medicações anti-hipertensivas habituais.

Os pacientes foram acompanhados durante oito meses. Na décima quarta semana do estudo, a pressão arterial diurna média dos pacientes testados diminuiu em 9 mmHg para a pressão sistólica (máxima) e 4 mmHg para a pressão mínima (diastólica). Cerca de 20% dos pacientes que receberam a vacina, apresentaram sintomas similares aos da gripe e reações alérgicas leves no local da injeção também foram observadas.

“A hipertensão arterial é uma doença de grande incidência em todos os países. A grande maioria dos idosos possui essa patologia. O aumento da pressão arterial causa muitos problemas cardiovasculares, por isso deve-se tratar a hipertensão arterial de maneira eficiente para minimizar problemas futuros. Essa vacina que estão estudando seria uma ótima forma de tratamento, só requer mais estudos ao longo prazo”, explica a farmacêutica e tutora do Portal Educação Jeana Mara Escher de Souza.

Dados preliminares, provenientes de pequenos estudos, apontam para cifras inferiores a 10%, em relação ao contingente de hipertensos controlados no Brasil.

Sair da versão mobile