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Impacto da pandemia no negócio das farmácias de manipulação

Impacto da pandemia nas farmácias de manipulação

Foto: freepik

A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) realizou levantamentos mensais junto aos proprietários das suas farmácias de manipulação associadas entre março e dezembro de 2020, tendo recebido cerca de duas mil respostas no total. Os resultados mostram o papel fundamental do segmento dentro do contexto de prestação de serviços de saúde essenciais.

Durante a pandemia, apesar das muitas adversidades, as farmácias magistrais vêm sendo muito demandadas pela sociedade. “As farmácias de manipulação tanto atuaram para suprir a população de produtos e medicamentos que ficaram mais escassos no mercado, como tiveram participação ativa junto a médicos e outros profissionais de saúde no desenvolvimento de fórmulas sob medida para pacientes entubados e na atenção a pacientes crônicos ou agudos que não podiam ser desassistidos”, explica o diretor executivo da entidade, Marco Fiaschetti.

Resultados

O mês mais difícil foi abril, quando 63% dos empresários relataram uma redução no volume de fórmulas vendidas. Contudo, a reação foi rápida e, de maio em diante, passaram a relatar crescimento desse indicador. O melhor mês foi julho, quando 75% apontaram aumento nas vendas.

Empregos

A maioria das empresas manteve estável o quadro de funcionários ao longo dos meses, sendo que, no pior mês (março), 20,4% precisaram demitir ao menos um colaborador. De maio em diante, as empresas começaram a contratar novos funcionários. Em julho, as empresas que afirmaram ter realizado uma ou mais contratações somavam 31%.

Para evitar demissões e minimizar os riscos de contaminação, parte das farmácias adotaram medidas especiais, como concessão de férias, redução da jornada de trabalho, suspensão temporária de parte ou toda a equipe e adoção de turnos de 12 horas por 36 horas.

Desafios

Nos dois primeiros meses do levantamento, a queda das vendas do faturamento e a disponibilidade e o preço dos insumos eram os principais desafios do setor. Em setembro, 61,7% dos empresários se preocupava apenas com a disponibilidade e os preços dos medicamentos.

Veja também: Farmácias de manipulação se reinventam durante período de isolamento social

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