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Aprovado pela Anvisa medicamento para o tratamento de Fibrose Pulmonar Idiopática no Brasil

A Boehringer Ingelheim anuncia a aprovação pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do primeiro medicamento para o tratamento da Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), chamado Nintedanibe. Os pacientes com essa doença pulmonar rara e fatal, com sobrevida média após o diagnóstico de 2 a 3 anos e que até então não dispunham de tratamento, passam a contar com uma esperança que desacelera a velocidade de progressão da doença em 50%, em diversos níveis evolutivos da doença. O nome comercial do medicamento é OFEV®.

A inovação de OFEV® consiste em ser o primeiro medicamento que atua especificamente em fatores que estão ligados à fibrose e progressão da FPI, sendo capaz de reduzir o declínio da função pulmonar impedindo a multiplicação das células que causam a cicatrização (fibrose) contínua do tecido do pulmão. Com isso, a formação das cicatrizes é desacelerada, preservando a parte sadia do pulmão.. Este medicamento é o único a apresentar estudos que comprovam sua eficácia em diminuir a ocorrência de episódios de piora súbita e potencialmente fatais, chamados exacerbações. i “A importância de evitar estes quadros críticos é que mais de 60% dos pacientes internados por causa das exacerbações acabam falecendo e atualmente não conseguimos prever quando esses episódio vão ocorrer”, esclarece o Dr. Adalberto Rubin, pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre (RS). Segundo o especialista, a posologia indicada do nintedanibe (OFEV®) para o tratamento de fibrose pulmonar idiopática é de uma cápsula de 150mg via oral duas vezes ao dia.

“Como a causa da FPI é desconhecida e não há cura, a chegada de Nintedanibe (OFEV®) é realmente uma mudança no panorama do tratamento. Se antes as alternativas que tínhamos para oferecer eram limitadas e implicavam em altos riscos, agora podemos contar com a possibilidade de desacelerar o avanço da doença”, destaca Dr. Rubin. OFEV® foi aprovado em 2014 pela agência de saúde americana (FDA – Food and Grug Adminstration) para o uso nos Estados Unidos e, mais recentemente em janeiro deste ano, na Europa pela EMA (European Medicines Angency).

Sobre o uso do medicamento no Brasil, Dra. Patricia Rangel, Diretora Médica da Boehringer Ingelheim do Brasil, explica que “como a FPI é uma doença órfã de tratamento, foi proposto pela Boehringer Ingelheim o inicio de um programa de acesso expandido para pacientes com a doença em 2015, devidamente autorizado pelas autoridades de saúde do Brasil. Desta forma, o nintedanibe já vem sendo utilizado compassivamente para o tratamento de um grupo de pacientes com FPI em 8 centros de referência nacionais”.

Diagnóstico:

Apesar de ser uma doença grave, que afeta um número cada vez maior de pessoas, a Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI) ainda é considerada uma doença rara e de causa desconhecida. Justamente por isso, seu diagnóstico é bastante difícil. Caso o paciente ou o médico não se atentem aos sintomas, o diagnóstico pode até não ser feito, pois a doença pode ser  confundida com asma,  DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, geralmente ligada ao tabagismo), ou insuficiência cardíaca congestiva.

Assim que os sintomas da FPI são percebidos, a ação recomendada é procurar um médico pneumologista. As principais técnicas que possibilitam o diagnóstico da FPI são o histórico médico, o exame físico, o resultado de uma tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR)  e em alguns casos , uma biópsia de pulmão.

Fonte: Imprensa Boehringer Ingelheim

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